segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

CRENTES COM MEDO DE PERDER A SALVAÇÃO

É bem provável que você tenha conversado com algum crente que não possui a certeza da segurança da salvação. Eles pensam que os salvos podem perder a salvação a qualquer momento. Imaginam que um salvo se perde quando se distancia dos caminhos do Senhor, mas quando “voltam para a igreja” adquirem novamente a salvação. Pensam que o crente pode cair do estado de graça e sofrer a condenação eterna. A implicação desse pensamento é que o poder de estar salvo ou não depende da própria determinação humana. Isso pode até ter sido sentido lógico (do ponto de vista humano), mas não bíblico.

Esses crentes pensam assim porque tem uma visão equivocada a respeito da doutrina do pecado e da salvação. Para eles o pecado apenas deixou o homem ferido, ele produziu algumas escoriações e cada ser humano nasce espiritualmente semimorto. A salvação do ser humano está em seu próprio livre arbítrio. Cada pessoa escolhe se quer ser salvo ou não. Mas essa é uma doutrina bíblica?

Em certo sentido há coerência no pensamento destes crentes. Neste caso foram eles próprios e por sua própria vontade que um dia escolheram a Cristo, então é bem provável que não tenha nenhuma segurança de salvação eterna mesmo. A salvação deles está nas suas próprias mãos.

Já há outros crentes que entendem que o pecado produziu morte no homem. O pecador sem Deus não está apenas ferido, mas espiritualmente morto. A Bíblia afirma que “o salário do pecado é a morte”. O apóstolo Paulo disse aos irmãos efésios: “Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados”. Deus disse a Adão que no dia em que ele transgredisse sua ordem de não comer o fruto proibido, ele morreria. Mas, em quê sentido Adão morreu? Devemos recordar que biblicamente há três tipos de morte: física, espiritual e eterna. Certamente Adão passou a morrer tanto fisicamente quanto espiritualmente, mas não eternamente. O que um morto pode fazer por si próprio para voltar a viver? Absolutamente nada! A ilustração da ressurreição de Lázaro pode nos ajudar neste entendimento. Ele voltou à vida por meio do chamado de Cristo, e não “moveu nenhuma palha” para isso. Toda a glória seja a dada a Deus!

Estes mesmos crentes descritos nas linhas acima entendem que a salvação é uma obra totalmente celestial. Jesus disse a Nicodemos que o novo nascimento é produzido do alto, ou seja, de Deus. Quando Pilatos disse a Jesus que tinha autoridade tanto para soltá-lo como para crucifica-lo Cristo respondeu: “Nenhuma autoridade terias sobre mim, se de cima não te fosse dada”. Sendo a salvação uma obra de Deus e não do homem, afirmamos que toda a obra da salvação é atingida pelo Senhor: redenção, eleição, chamado, justificação, regeneração, reconciliação e glorificação. O apóstolo afirmou esta verdade em Romanos 8.30: “E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou”. Deus faz sua obra completa. Se foi Ele quem nos escolheu, chamou, regenerou, justificou e santificou, com certeza o Senhor não permitirá que um crente salvo escorregue e perca a salvação. Pode acontecer do crente salvo pecar, pois o apóstolo João disse: “Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”. Todavia, ele não tem prazer no pecado: “Todo aquele que permanece nele não vive pecando”.

Cristo não derramou seu sangue por você em vão. Seu sangue não foi perdido. Sua morte nos garante certamente a salvação. Jesus disse aos seus ouvintes as seguintes palavras: “Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida”; “Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém dele comer, viverá eternamente”; “Quando eu estava com eles, guardava-os no teu nome, que me deste, e protegi-os, e nenhum deles se perdeu, exceto o filho da perdição, para que se cumprisse a Escritura”. É interessante este último versículo. Ele afirma que o Senhor guardava e protegia os salvos e não deixou que nenhum deles se perdesse.

É assim que o Senhor faz com os crentes salvos: os guarda e os protege da perdição eterna. Certa feita Jesus disse a Pedro: “Simão, Simão, eis que Satanás vos reclamou para vos peneirar como trigo! Eu, porém, roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça”. Qual era o propósito de Satanás? Conforme o irmão e teólogo Anthony Hoekema “o propósito de Satanás seria o de dividir o grupo, roubar-lhes a lealdade a Cristo e, assim, fazê-los negar a obra do Salvador. Mas Jesus também revela que havia orado especificamente por Pedro para que sua fé não falhasse”. O apóstolo Paulo reconheceu isso quando disse aos filipenses: “Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus”.

Você tem medo de perder a salvação? Se sim é porque você não possui a segurança ou convicção da fé em Cristo. A convicção do crente advém das escrituras sagradas: “Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós. Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro. Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor”.

Se você crê em Cristo, se foi justificado por sua morte na cruz, fique tranquilo. O Senhor o conduzirá para o céu de gozo, na sua vinda. Há um hino muito lindo cujo coro diz: “Mas eu sei em quem tenho crido, e estou bem certo que é poderoso, pra guardar o meu tesouro, até o fim chegar”.


No amor de Cristo,


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segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

A EXECUÇÃO DO BRASILEIRO NA INDONÉSIA

As opiniões sobre a execução do brasileiro Marco Archer se dividem. Há nitidamente dois grupos: os prós e os contras. O brasileiro foi condenado à morte após ser preso por tráfico de drogas. Lá na Indonésia “não tem choro”. O instrumento para combater este tipo de crime naquele país é a pena de morte. Este assunto sempre gera polêmicas e debates intermináveis.

O jornalista Maurício Santoro escreveu um artigo especial para o UOL e disse que a pena de morte “é uma forma de castigo cruel, desumana e degradante, uma violação do direito à vida. Sua aplicação recai de modo desproporcional sobre os grupos mais vulneráveis em cada sociedade: pobres e minorias étnicas/religiosas”. Até certo ponto ele está certo. Mas sua fala não representa toda a verdade dos fatos.

Não se trata de perder a esperança, jamais, mas alguns estudiosos com opiniões liberais e secularizadas entendem que a solução para todo o tipo de criminalidade está nas políticas de segurança, no entrosamento da comunidade com as forças policiais, no judiciário e na eliminação de condições de pobreza. Tá bom! Podemos até compreender esse tipo de pensamento. Mas ele funciona em que país? Na Suécia? Finlândia? Não sei aonde. Só sei que no Brasil jamais! Aqui todos os setores da sociedade pública e privada estão corrompidos. Basta acompanhar os noticiários. Nada do que o citado jornalista afirmou é suficiente para combater os crimes. Sempre haverá um transgressor da lei.

Minha opinião é que ainda que a pena de morte seja uma forma de castigo cruel, mesmo assim em certos casos ela é “um mal necessário”. O brasileiro transgressor da lei não era inocente. Sabia exatamente que estava cometendo um crime e que na Indonésia o tráfico de drogas era punido com a pena de morte. Com certeza a Indonésia não é exemplo de um país honesto, sério, em outros procedimentos de seu governo, mas conter os crimes não é errado em nenhum país. Cada país possui soberania e autonomia para analisar de que forma irão conter os crimes.

No período bíblico a pena de morte era algo aceitável. Após abençoar Noé e seus filhos Deus disse: “Se alguém derramar o sangue do homem, pelo homem se derramará o seu; porque Deus fez o homem segundo a sua imagem” (Gênesis 9:6). Mas o Senhor não disse isso para o homem sair matando os outros “homens a torto e direito”. Não. Significa que a vida do ser humano deve ser respeitada e dignificada, pois o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus. Ou seja, nenhum indivíduo tem o direito de tirar a vida de outro. Ainda que não vivamos num Estado Teocrático podemos afirmar biblicamente que o Estado é “a mão esquerda de Deus” no combate aos crimes. O apóstolo Paulo afirma o seguinte em Romanos 13:3-5: “Porque os magistrados não são para temor, quando se faz o bem, e sim quando se faz o mal. Queres tu não temer a autoridade? Faze o bem e terás louvor dela, visto que a autoridade é ministro de Deus para teu bem. Entretanto, se fizeres o mal, teme; porque não é sem motivo que ela traz a espada; pois é ministro de Deus, vingador, para castigar o que pratica o mal. É necessário que lhe estejais sujeitos, não somente por causa do temor da punição, mas também por dever de consciência”.

Ainda que alguém resolva não transgredir a lei do seu país, deve fazê-lo por motivo da sua boa consciência e não por temor da punição. Não estou feliz com a morte do brasileiro, pois, seus amigos e parentes estão sofrendo muito sua permanente ausência. Mas quantas pessoas são vitimadas por conta da heroína, também trazendo dores e sofrimentos aos familiares. No Brasil as drogas é um problema alarmante. Mas as autoridades por aqui não estão muito preocupadas não. Em inúmeros bairros dos nossos Estados brasileiros as “bocas de fumo” funcionam com extrema liberdade a céu aberto. De vez em quando nossas autoridades militares, não todos é claro, vão até as “bocas de fumo” para buscar sua parte em dinheiro também. Em troca fazem “vista grossa”. Aqui não tem lei nem ordem. Há apenas conveniências. Um faz de conta.

Quanto a essa tragédia com o brasileiro fica claro que as inclinações pecaminosas do ser humano fatalmente o levarão a morte. A Bíblia afirma que “o salário do pecado é a morte” (Romanos 6:23) e que “há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte” (Provérbios 14:12). Se você está distante do Senhor ouça a recomendação de Jesus Cristo: “O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo; arrependei-vos e crede no evangelho” (Marcos 1:15).


No amor de Cristo,
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segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

OS MUÇULMANOS E O TERRORISMO



Há um dizer que certas pessoas perde um amigo, mas não perde a piada. Mas como nem sempre a piada é agradável pode causar certos constrangimentos e outros efeitos indesejáveis. O lamentável acontecimento da semana passada em Paris provou mais ainda: que a piada pode levar a morte!

O ataque, com mortos e feridos, na sede do jornal Charlie Hebdo em Paris foi algo absolutamente repugnante – assim como todos os atos criminosos cometidos por terroristas ou não. A diferença é que por aqui (no Brasil) o assassinato é cometido sem se importar com o porquê, motivado por discriminação, intolerância e raiva. São os assaltos a banco, os roubos de carros, o “simples” assassinato de pessoas, ou o tráfico de drogas. Já os atos criminosos perpetrados pelos terroristas possuem caráter religioso. Mas será que o Islamismo é tão degradante assim que consente ou incentiva a morte dos seus opositores?


Bem pode ser que esteja errado, mas minha humilde opinião é NÃO. Podemos ilustrar isso com as seguintes afirmações: “Nem todo árabe é muçulmano e nem todo muçulmano é árabe”. Ou seja, há muitos árabes que não seguem o Islã, mas há muitos que não são árabes, mas que seguem. Pense num brasileiro que é praticante do Islã, por exemplo. Por outro lado há milhões de árabes muçulmanos. Prefiro não taxar TODOS os muçulmanos de terroristas ou afirmar que consentem com o terrorismo praticado por esses tipos de adeptos. Penso que a maioria "vai no embalo" dos grupos radicais.
   
Os estudiosos dizem que houve uma deturpação do Islã original. Toda a religião ou grupo religioso passa por processos e transformações; e esses fatos sempre apresentam seus efeitos colaterais. Rachas internos, brigas pelo poder, o motivo por trás das vitórias e derrotas nas guerras, as escolas de interpretação do Corão (o livro sagrados dos muçulmanos), o distanciamento dos ulemás (os estudiosos e intérpretes das doutrinas contidas no Corão) do povo comum, tudo isso contribui para que árabes muçulmanos fundamentalistas fossem buscar força para resgatar as raízes do fundamento da religião. Porém, o fizeram de forma deturpada.

Não podemos negar que Maomé era um guerreiro e estadista em defesa da sua fé, por isso ele usou a espada para converter os hereges politeístas. Essa é uma diferença fundamental entre o cristianismo e o islamismo. Jesus, o “fundador do cristianismo”, desautorizou o uso da espada para defesa própria, quanto mais para coagir alguém a se converter ao cristianismo. A complicação e o desafio para os muçulmanos é como interpretar os ensinamentos de Maomé e aplica-los na contemporaneidade. Há um texto no Corão na sura (capítulo) 9.5 que diz: “E, quando os meses sagrados passarem, matais os idólatras onde quer que os encontreis, e apanhai-os e sediai-os, e ficai a sua espreita, onde quer que estejam”.

No contexto da época esse texto significa que seus seguidores: 1º) devem tentar converter os infiéis (lembrando que “infiéis” eram as tribos árabes politeístas que acusavam Maomé de heresia por pregar a existência de um único Deus); 2º os infiéis podiam manter sua fé, desde que pagassem tributos; 3º se não aceitassem a proposta deveriam ser mortos.

Com a ausência dos ulemás a massa do povo passou a ser instruído e terem o Corão interpretado por grupos fundamentalistas, por exemplo, o Taleban.  Daí “os idólatras” da Sura 9.5 (que deveriam ser mortos) passaram a ser os americanos e israelenses ou todos os que não professam Alá como Deus verdadeiro nem Maomé como seu profeta. Por fim todo o ocidental é inimigo, talvez por serem regidos pelo sistema democrático e não teocrático, como querem.

Um fato também veio á tona neste triste episódio: os limites da liberdade de expressão e possível abuso da democracia. Devemos exercer essa liberdade de forma a não ferir os sentimentos e orgulho dos nossos semelhantes. Contudo, como bem disse Guga chacra, o jornalista do Estadão: “O certo é que ninguém merece morrer por uma piada, mesmo se for racista. Basta não dar risada ou, melhor ainda, reagir com bom humor”.

Por enquanto não quero entrar no mérito das diferenças doutrinárias entre Islamismo e Cristianismo, mas apenas refletir sobre esse triste acontecimento. Oremos pelas famílias dos mortos e pelos que se livraram da morte, por suas dores e tristezas. Não vamos ficar parados, inertes. Usemos de todos os meios lícitos para tentar conter o terrorismo. Que o Senhor tenha piedade de todos nós.

Oremos também pelo povo muçulmano que pensam que as rajadas de metralhadoras, que as bombas explodidas, que a morte de pessoas, que o ódio ao povo ocidental, que todas essas calamitosas ações enobrecem sua religião – assim como acontece em outras religiões estes são marionetes nas mãos dos que detêm o poder. Oremos para que o Senhor os tire das trevas para sua maravilhosa luz!
                                                                                                                    
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