quarta-feira, 11 de maio de 2016

REDENÇÃO OBJETIVA OU EXPIAÇÃO LIMITADA


É entendimento normal e corrente no pensamento humanista secular evangélico que Cristo morreu para salvar 1º) a todos os homens e 2º) por todo o mundo. Certamente este é um pensamento recheado de emoção e um apelo apaixonado da fé, mas não representa necessariamente o pensamento bíblico e apostólico. Somente uma leitura superficial de alguns textos bíblicos e uma teologia deficiente é que podem oferecer tal ideia de conceito universal de expiação.

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Cristo morreu substutivamente na cruz como um resgate pra redimir pecadores da iniquidade, livrando-os da culpa e do domínio do pecado (Paulo Anglada). Esse é o conceito bíblico de expiação (Mateus 1:21; I Timóteo 1:15). A prioridade não é a extensão da expiação, mas sim sua natureza. Ou seja, se Cristo derramou seu sangue para salvar a todos então se segue que 1º) todos seriam salvos ou 2º) o sangue de Cristo não foi eficaz, pois a experiência atesta que nem todos são ou serão salvos.

Há várias passagens que ensinam que Cristo morreu por um grupo limitado e específico de pessoas. Não vou transcrevê-las aqui; sugiro que leiam: Isaías 53:11, 12; Mateus 1:21; João 10:11, 14, 15, 26, 27; Hebreus 9:28; João 17:6, 9, 24). Os versículos que apontam para uma suposta expiação universal devem ser contraditados por estes.

Alguém pergunta: A Bíblia não diz que o Inferno é pro Diabo e seus anjos (Mateus 25:41)? Resposta: Porventura, ele não é para o ser humano também? O próprio versículo aponta a condenação de pessoas quando diz: “apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno”. Se Cristo houvesse derramado seu sangue como sacrifício expiador por essas pessoas, não seriam condenadas ao inferno. Leia outros textos que descrevem pessoas condenadas de antemão: João 17:12; II Tessalonicenses 2:3; Romanos 9:13; II Pe 2:3; I João 3:12; Romanos 9:22. Outros indagam: A Bíblia não diz que Cristo morreu por todos (Hebreus 2:9; I Coríntios 15:22; I Timóteo 2:4-6; II Pedro 3:9; Romanos 5:18; I João 2:2)?

Tanto a expressão “todos” quanto “mundo” (João 3:16) devem ser entendidas dentro do seu contexto específico e em conjunto com outros textos bíblicos. É normal no entendimento de alguns que “todos” nesses textos significam “cada uma das pessoas”. Se isso deve ser entendido pelo raciocínio dedutivo e lógico, não o é entendido pela descrição bíblica e apostólica. Repare na palavra “todos” em Atos 4:21; Lucas 21:17; Atos 21:28 e observe que elas não devem ser entendidas no sentido extenso e amplo (o que incorreria em contradição), mas que abrangem os mais variados grupos ou classes de pessoas e coisas.

Nos textos onde aparecem as expressões “todos”, fica claro pelo contexto e passagens paralelas que elas significam pessoas “de todas as nações, tribos, povos e línguas” (Apocalipse 7:9). Muitas indagações e ilustrações contrárias ao entendimento de que Cristo morreu apenas para os eleitos não passam de raciocínios lógicos e racionalismos teológicos, mas não bíblico e apostólico. 

A morte expiatória de Cristo teve o propósito real de salvar pessoas, e não apenas tornar a salvação possível por meio de escolha arbitrária do ser humano. Se Cristo morreu para salvar a todos, como ser justo com as pessoas que estão no inferno? Elas estão no inferno porque escolheram esse fim? A realidade é essa mesmo? Não querido amigo! Cristo morreu para perdoar seus pecados e te salvar. Se fosse você realmente crer nesse sacrifício e essa obra processar em seu coração serás salvo. Se Deus deixasse a salvação da minha alma em minhas mãos eu estaria perdido, assim como Adão. Mas graças a Deus que estando mortos em nossos delitos e pecados Deus nos deu vida juntamente com Cristo – pela graça somos salvos (Efésios 2:5).
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sexta-feira, 6 de maio de 2016

REFUTAÇÃO AO DISPENSACIONALISMO PRÉ TRIBULACIONISTA

Os argumentos que "provam" o pré-tribulacionalismo são os seguintes:

1) A clara distinção entre Israel e a Igreja;
2) Entendem que não é apropriado os cristãos estarem sobre a terra na ocasião do derramamento da ira de Deus no período tribulacional;
3) Textos tais como: Ap 3:10; Mt 24; Dn 7:25; 9:27; 12:7,11.

Contudo,

1) O Novo Testamento não sustenta uma distinção entre Israel e a Igreja (Ef 2);
2) Escapar da ira de Deus não significa necessariamente ser livre do sofrimento advindo da oposição promovida por Satanás bem como a perseguição contra a igreja de Cristo na terra;
3) Ainda ligado ao item 2 existe inúmeros exemplos bíblicos desde o Gênesis em que Deus não livra seus servos da tribulação, mas NA tribulação. Em alguns casos Deus derrama sua ira sobre os rebeldes, mas livra seus servos (o Dilúvio, a morte de Faraó e seus exércitos no meio do mar, os três jovens na fornalha de fogo, etc);
4) Os textos bíblicos são insuficientes para respaldar o retorno de Cristo em duas fases e são inferências que dão margem discutíveis;
5) Os teólogos mais antigos da Igreja defendem o pré-milenismo clássico ou histórico, mas nunca ensinaram o Dispensacionalismo. Este, era desconhecido na história da Igreja até ser proposta no século XIX (1800-1882) por John Nelson Darby.

Das posições escatológicas, a meu ver, as duas mais fortes são o amilenismo e o pré-milenismo histórico.

Mas como gosta de afirmar Augustus Lopes todas elas possuem coisas em comum tais como a vinda de Cristo, o estado eterno, a ressurreição dos mortos, o juízo final.

No amor de Cristo,
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A VINDA DE CRISTO EM DUAS ETAPAS


O Novo Testamento não parece justificar a ideia de duas voltas distintas de Cristo (uma vez para sua igreja antes da tribulação e depois, sete anos mais tarde, com a igreja para julgar os incrédulos). Mais uma vez, tal posição não é ensinado de maneira implícita em nenhuma passagem, sendo uma simples inferência baseada em diferenças entre várias passagens que descrevem a volta de Cristo a partir de perspectivas distintas.

Parece melhor concluir, com a grande maioria da igreja ao longo da história, que a igreja passará pelo período de tribulação predito por Jesus. Provavelmente não escolheríamos esse caminho para nós, mas a decisão não foi nossa. E se Deus deseja que algum de nós que hoje vivemos permaneça na terra até o tempo dessa grande tribulação, devemos dar ouvidos as palavras das escrituras (1 Pe 4:14; 2:21; Rm 8:17; Hb 2:10; Ap 2:10).

TEOLOGIA SISTEMÁTICA, p.969, Wayne Grudem.
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LIVRE-ARBÍTRIO

"A teoria do livre-arbítrio destrói a responsabilidade em vez de apoiá-la" - R.K.McGregor - Soberania Banida.

Este teólogo desenvolve a ideia de que as ações da vontade humana não são autônomas e estão ligadas ao caráter (Mt 7:15-20). A vontade não é um poder humano independente e autodeterminante pelo qual somos capacitados a fazer escolhas autônomas. Ela depende de uma causa externa. Se nossa vontade não for causada por uma interferência externa, então isso não passa de obra do acaso.

Os irmãos arminianos gostam de basear a responsabilidade no livre-arbítrio. Mas se nossas escolhas não são provenientes de fatores externos como podemos ser considerados responsáveis por nossas ações? Nós não somos automaticamente a causacão dos nossos próprios atos. Fazemos escolhas fundamentados no nosso caráter.

Deus julgará a humanidade não com base no livre-arbítrio autonômo, mas na sua própria lei que ele mesmo implantou no ser humano (Rm 2:12-16).

A vontade não está livre de interferência externa. Que o Senhor possa te fazer uma nova criatura, pela graça que há na morte expiatória de Cristo, por meio da fé.

No amor de Cristo,
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