A
carta de Paulo aos efésios (5:18), entre outros assuntos, busca orientar os
crentes sobre a plenitude do Espírito: “Não se embriaguem com vinho, que leva à
libertinagem, mas deixem-se encher pelo Espírito”. O reverendo Jailson Santos
menciona a maneira como John Stott interpreta esse texto: “Stott, com base em
Éfesios 5. 18, fala ainda sobre o mandamento
para ser cheio do Espírito e mostra que ele é uma ordem (imperativo)
para todos os cristãos (plural) deixar ser cheio de Espírito Santo (passivo) de
forma continua (presente grego). Observe duas coisas na análise de Stott: A
primeira essa plenitude é para todos os cristãos e não apenas para um grupo. A
segunda é que paradoxalmente o enchimento (voz passiva no grego) do Espírito
Santo vem dEle mesmo. O que o Apostolo quer dizer é que devemos: ‘Deixar-nos
encher pelo Espírito’”.[1]
Ser
pleno ou cheio do Espirito é algo necessário para a realização do serviço
cristão. Assim, vemos na Bíblia que o Espírito sempre capacita seus servos para
realizar algum tipo de tarefa. De João Batista é dito ser cheio do Espírito
Santo desde o ventre materno: “pois será grande aos olhos do Senhor. Ele nunca
tomará vinho nem bebida fermentada, e será cheio do Espírito Santo desde antes
do seu nascimento” (Lucas 1:15). A tarefa de João consistia em preparar o
coração do povo para receber ou aceitar o Messias. Para tanto necessitava do
poder do Espírito. Quando foram escolhidos os diáconos para cuidarem da parte
social da igreja, eles deveriam ser cheios do Espírito: “Irmãos, escolham entre
vocês sete homens de bom testemunho, cheios do Espírito e de sabedoria.
Passaremos a eles essa tarefa e nos dedicaremos à oração e ao ministério da
palavra” (Atos 6:3,4). Paulo, cujo chamado e vocação era para a pregação entre
pessoas estrangeiras, deveria, para tanto, ser cheio do Espírito: “Então
Ananias foi, entrou na casa, impôs as mãos sobre Saulo e disse: “Irmão Saulo, o
Senhor Jesus, que lhe apareceu no caminho por onde você vinha, enviou-me para
que você volte a ver e seja cheio do Espírito Santo” (Atos 9:17). Os irmãos, da
igreja nascente, não se intimidaram diante da pressão política/religiosa, mas
foram capacitados pelo Espírito para a pregação corajosa do evangelho: “Depois
de orarem, tremeu o lugar em que estavam reunidos; todos ficaram cheios do
Espírito Santo e anunciavam corajosamente a palavra de Deus” (Atos 4:31). Todos esses textos indicam que o enchimento do
Espírito não é privilégio para um grupo de pessoas, mas uma necessidade de cada
crente convertido. Os crentes devem buscar ser plenos do Espírito.
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