sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

DIVÓRCIO SIM, NOVO CASAMENTO NÃO!


por Gilson Barbosa


Divórcio é a dissolução do vínculo matrimonial, podendo os divorciados contrair novas núpcias (Dic. Aurélio, 2000). O divórcio nas igrejas evangélicas tem aumentado tanto, que a decisão dos cônjuges crentes em se divorciar parece ter como base esse simples e frio significado lexicográfico, sem atentar para o que as escrituras sagradas definem a respeito desse tema. O assunto tem dividido os estudiosos evangélicos em dois grupos: os que não admitem o divórcio em hipótese alguma, e os que admitem o divórcio e novo casamento.

Alguns textos bíblicos parecem ser muito claros quando diz a respeito do divórcio, ou seja, o entendimento de que Deus não permite o divórcio. Leia Marcos 10:11, 12; Lucas 16:18;Romanos 7:2, 3; I Coríntios 7:10; I Coríntios 7:39.

A inferência desses textos é que, 1) não admitem o divórcio sob nenhum motivo; 2) pode casar-se novamente somente o cônjuge cujo parceiro veio a óbito; 3) quem casar com a pessoa divorciada também adultera. Creio que a gravidade dos textos bíblicos tem como objetivo evitar o divórcio por motivos fúteis tais como, esgotamento do amor, transtorno familiares, desajustes financeiros, desemprego, incompatibilidade de gênios e alguns outros motivos nessa linha.

Alguém pode perguntar: Quais casos em que se pode divorciar? A grande maioria dos estudiosos admite apenas dois casos: infidelidade conjugal e deserção da parte descrente. Os textos apontados são: Mateus 5:32; 19:9 (para infidelidade conjugal) e I Coríntios 7:15 (permitido para a parte descrente). Outro grupo de estudiosos pensa que Mateus não contempla o divórcio e admite apenas o segundo caso.

A “cláusula de exceção” de Mateus 5:32 e 19:9

Esta cláusula tem sido motivo de intensos debates. Um grupo entende que a expressão “a não ser por causa de fornicação” ou “relações sexuais ilícitas”, não permite o divorcio aos casais. Interpretam que a palavra grega para fornicação (porneia) se aplica às relações sexuais entre solteiros. Explicam que somente Mateus trata da exceção, pois escreveu aos judeus, e que a mesma se aplica apenas as relações sexuais antes do casamento. O divórcio somente era permitido durante o período de noivado, entendido na cultura judaica como um compromisso tão solene que os noivos passavam a se tratar como marido e mulher. É o que aconteceu com José, noivo de Maria (Mateus 1: 19).

Não concordo, em partes, com esse ponto de vista. Apesar de explicar um costume cultural verdadeiro, não resiste a um exame mais profundo da expressão grega porneia ou fornicação (ACF). Ainda que exista uma palavra específica para adultério (moicheia) e outra específica para fornicação (porneia) nem sempre é assim. O pastor Esequias Soares (Analisando o divórcio a luz da Bíblia, 1996) apresenta uma lista de eruditos, na língua grega, afirmando que porneia contempla todo o tipo de pecado sexual, e inclui também o adultério. Portanto, não é honesto afirmar que Mateus refere-se apenas a relações sexuais entre solteiros. O contexto bíblico emprega porneia para um caso de relação sexual entre um solteiro com uma mulher casada: “Geralmente se ouve que há entre vós fornicação, e fornicação tal, que nem ainda entre os gentios se nomeia, como é haver quem possua a mulher de seu pai” (I Coríntios 5:1). Do ponto de vista do jovem era fornicação, do ponto de vista da mulher era adultério. Além do mais a expressão é empregada em ocasiões que, se restringirmos sua aplicação apenas a pessoas solteiras, “teríamos uma complicação insuperável em toda a Bíblia” (Soares, 1996). É o caso de Atos 15:20, 29; I Coríntios 5:1; I Coríntios 10:8; Judas 7. Portanto, concordo com os que pensam que em Mateus há, pelo menos, tolerância com respeito ao divórcio no caso de infidelidade conjugal.  

Dito isso, discordo também dos que entendem que Jesus permite não apenas o divórcio na cláusula de exceção, mas também o novo casamento. Dizer que um novo casamento está claro no texto é desonestidade. É um tanto forçado deduzir isso por inferência. Precisamos lembrar que os que procuraram Jesus para conversar eram homens hipócritas com espiritualidade duvidosa. Não me recordo de nenhum personagem bíblico, temente aos mandamentos do Senhor, envolvido num caso de divórcio ou novo casamento. Nem o divórcio nem um novo casamento devem ser a solução para um casamento em risco: “Portanto, deixará o homem pai e mãe, e se unirá á sua mulher, e serão os dois em uma carne”.

Reconciliar ou permanecer solteiro

Pra mim está claro que, caso não seja possível manter o vínculo matrimonial no caso de infidelidade conjugal, o mandamento bíblico é que a parte inocente não volte a casar ou então que se reconcilie com seu cônjuge: “Se, porém, se apartar, que fique sem casar, ou que reconcilie com o marido” (I Coríntios 7: 11) e que um novo casamento é permitido somente pela ocasião do falecimento de um dos cônjuges e ainda com outro crente (I Coríntios 7:39). É verdade que Paulo não menciona a infidelidade conjugal como motivo para o divórcio, mas por outro lado ele não contrariaria os mandamentos de seu mestre (aos casados, mando não eu, mas o Senhor).

Não sou a favor do divórcio (exceto por infidelidade conjugal) nem do novo casamento. O casamento é destinado a ser permanente: “Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem”. Seguindo as recomendações paulinas (Efésios 5:25) o marido deve amar sua esposa assim como Cristo amou a igreja, e vice-versa. Portanto, deve ser intenso e duradouro. O que está acontecendo hoje em dia é uma banalização do casamento. Há muitas pessoas dentro das igrejas vivendo em pecado ao desconsiderar o mandamento do Senhor quanto ao divórcio e novo casamento. Não mencionei a situação de pastores divorciados e casados novamente, porque para mim o mandamento é o mesmo para todos, indistintamente.

Um conselho

Antes do casamento, é imprescindível que pais, pastores e noivos, saibam, ensinem e aprendam o que as escrituras afirmam sobre divórcio. Assim evitaríamos tanto este mal quanto o alastramento deste pecado em nossas igrejas. Casamento é coisa séria. Se não pode suportá-lo siga as recomendações de Jesus (Mateus 19:12) ou de Paulo (I Coríntios 7: 27, 38) e não case. Aos que são divorciados (exceto por infidelidade conjugal) e aos que se casaram novamente (em todos os casos) sugiro que peçam a graça, a misericórdia de Deus e perdão pelos pecados cometidos. Quem sabe ele atende sua oração!  

Com amor,
             

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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

O ESTADO A FAVOR DA IMPUNIDADE


Por Gilson Barbosa

A Comissão de Justiça e Cidadania rejeitou a redução da maioridade penal a partir dos 16 anos. A proposta para a redução da maioridade penal é de autoria do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) e denomina-se PEC 33/2012. Segundo noticias no site do Senado “o texto abria a possibilidade de a Justiça aplicar, a adolescentes envolvidos em crimes como homicídio qualificado; extorsão mediante sequestro; e estupro, penas impostas hoje a criminosos adultos, ou seja, com 18 anos ou mais”.

O que se percebe é um Estado cada vez mais avesso ao combate rigoroso, que avalia a punição como um grande mal e afronta aos direitos humanos, e que coopera para a impunidade de criminosos. Porém, não é assim que pensa a população brasileira. No site do Senado há a seguinte enquete:

“Você é a favor ou contra o projeto que visa acabar com a maioridade penal, permitindo que crianças e adolescentes sejam julgados por seus atos como adultos? (PLS 147/2013)”.

Até o momento (21/02) 80% dos cidadãos brasileiros são a favor e 20% contra. Será que a opinião do cidadão brasileiro não tem nenhum peso de valor? É pertinente a pergunta da jornalista do SBT Raquel Sheherezade aos senadores: “Acaso foram eleitos para defender a vontade do povo ou seus próprios interesses?”. (Retrocesso e Impunidade)

A política brasileira (ou os políticos?) abraçou sem pudor a “religião” Humanista ao desconsiderar e desprezar os altos índices da maldade humana. Conforme avalia o irmão Alceu Lourenço Jr. “nossa sociedade adota uma cosmovisão humanista, na qual se tem uma visão unicamente positiva acerca da natureza humana. Acredita-se que as pessoas precisem apenas de melhor educação para serem pessoas melhores e imagina-se inúmeros responsáveis pela maldade, como pais sem amor, neurônios disfuncionais ou a desigualdade social”. Percebemos o quanto nossas autoridades políticas (deputados, senadores, juízes) estão comprometidas com a filosofia humanista.

Quais as consequências dessa filosofia? Resposta: Diminuição da importância dos crimes cometidos, aversão à punição e tolerância com os delinquentes. Uma visão cristã da origem e papel do governo na vida humana reconhece a legitimidade da existência do governo, pois sua função é organizar, dirigir e administrar uma nação ou Estado. Porém ela vai mais adiante. Ela entende que entre as atribuições do governo civil sua tarefa é, sobretudo, a de conter o mal (ou a maldade), confeccionar e impor leis para castigar os maus e promover o bem. Isso é o que entendemos de I Pedro 2:13, 14:

Sujeitai-vos, pois, a toda a ordenação humana por amor do Senhor; quer ao rei, como superior; quer aos governadores, como por ele enviados para castigo dos malfeitores, e para louvor dos que fazem o bem.

O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) contrário à iniciativa rejeitou a PEC 33/2012 e afirmou que o sistema prisional brasileiro não é feito para ressocializar, portanto votou contra a redução da maioridade penal. Mas sua afirmação não apresenta solução socializadora nos presídios e como sabemos que o governo não está nem um pouco preocupado com essa perspectiva o que resta é tentar conter a maldade por meio de leis que atendam ao tema.  

O apóstolo Paulo (Romanos 13:3) disse que “os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más”. Os criminosos juvenis não temem mais o Estado, pois o mesmo perdeu sua autoridade e se tornou inoperante para combater a maldade. Não perdeu simplesmente por perder, mas porque as autoridades incorporaram em sua ideologia o chavão da filosofia humanista. Ao desconsiderar o senhorio de nosso Senhor sobre todas as coisas o Estado blasfema do bem e acena para o mal. Deveria ser ao contrário: “Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus, e vingador para castigar o que faz o mal” (Romanos 13: 4).

As autoridades continuarão brincando e zombando da maldade e da corrupção do gênero humano, porém quando eles próprios ou alguém da sua família forem vítimas da violência perpetrada por um juvenil aí então não adianta mais nada votar contra ou a favor. Ainda a tempo: será que uma pessoa de 16 anos não tem consciência dos seus atos e, portanto, não devem ser responsabilizados e receber a justa punição pelos seus crimes? Olha só um exemplo. Há algumas semanas atrás uma professora foi flagrada fazendo sexo oral em menino no Estado da Bahia. O garoto tem apenas 13 anos e filmou, com o consentimento dela, o ato sexual. E aí??? Se uma criança de sua idade já sabe o “caminho do prazer” é necessário ensinar-lhes também as consequências de seus atos por meio da punição severa.

Continuemos orando pelo nosso Brasil, mas, que cada um possua discernimento para rejeitar também certas opiniões das nossas autoridades, que em muitos casos vem sob o disfarce de “direitos humanos”, mas que no fundo não passa de uma filosofia materialista.

Em Cristo,

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sábado, 15 de fevereiro de 2014

COMO A IGREJA DEVE TRATAR OS "ANORMAIS"

Por Gilson Barbosa


Maria José Cristerna, mais conhecida como a "Mulher Vampira"


Circula na internet várias imagens – algumas aberrantes – com uma pergunta: “Sua igreja está preparada para me receber?”. A pergunta busca não o preparo psicológico ou mental para receber uma visita numa igreja evangélica, mas entre outras coisas tem por objetivo a manutenção do comportamento e procedimento da pessoa no rol da igreja. Como a igreja deve tratar esse assunto?

A cultura e/ou a evolução dos costumes não podem explicar adequadamente a realidade sobre a condição humana. A Bíblia, porém, pode. Michael Horton em As Doutrinas Maravilhosa da Graça (Ed: Cultura Cristã, p. 48) afirma que a queda da humanidade, no Éden, afeta cada área da vida humana: “A mancha do pecado nos corrompe física, emocional, psicológica, mental, moral, e espiritualmente”. Não é difícil entender que o ser humano na ânsia por sua autonomia tornou-se intensamente prisioneiro e escravo da sua própria liberdade (ou dos seus desejos).

A pergunta que acompanha a imagem acima apresenta algumas questões tais como: falácia, provocação, ignorância, imaturidade, e desafio. Na filosofia falácia é um argumento capcioso que induz a erro. O erro aqui é a Igreja ser absorvida pelo sentimentalismo, emoções romantizadas, subjetivismo, arbitrariedades, e não valorizar seus fundamentos. A provocação pode vir de grupos evangélicos com ideologia inclusivista. A ignorância e imaturidade procedem de velhos ou novos crentes que desconhecem os fundamentos hermenêuticos quanto aos princípios que podem ser aplicado a questão abordada na imagem. O desafio refere-se às implicações que pessoas com a da imagem traz para a igreja cristã.

Nas redes sociais trafega a história real da mexicana Maria José Cristerna que exibe seu visual tatuado e suas modificações corporais. Além do corpo extensamente tatuado ela tirou costelas para diminuir o tamanho da cintura e implantou chifres de titânio em seu crânio. Segundo ela o que a motivou fazer todas as modificações do seu corpo foi o fato de sofrer violência doméstica de seu marido por dez anos. Sinceramente, não consigo ver coerência na relação entre violência domestica e aberrações corporais.

Creio na salvação e libertação do ser humano como um todo só. Seu ser integral é salvo e liberto. Em muitas igrejas as mensagens evangelísticas são oferecidas apenas a alma/espírito – ou seja, a parte imaterial do ser humano. Por isso o modelo de igreja inclusivista hoje em dia é um sucesso (igreja para homossexual, surfista, roqueiros, etc...). Pecadores não regenerados não são simplesmente pessoas imperfeitas. Eles precisam ser lavados, santificados e justificados em nome do Senhor Jesus, e pelo Espírito de nosso Deus (I Coríntios 6.11).  

Quando o Espírito Santo sensibiliza o pecador dos múltiplos males do seu pecado, o Senhor gera o arrependimento e a fé no coração do pecador, e finalmente ele é verdadeiramente salvo e liberto (Ezequiel 36.31; Atos 11.18) da sua antiga maneira de viver. O apóstolo Paulo afirmou que os irmãos efésios estavam nessa condição anteriormente (2.1,2):

Em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência.

Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também.

Um pecador verdadeiramente alcançado pelo poder do evangelho (Romanos 1.16) não permanece corrompido pelas concupiscências do engano (Efésios 4.22) e não andam mais como os outros gentios, na vaidade de sua mente nem entenebrecidos no entendimento (Efésios 4. 17), mas sua mente é renovada no espírito e o mandamento do Senhor é que seja revestido do novo homem (a natureza original antes da queda – Efésios 4.24).

Arrancar costelas, colocar chifres, ter a língua cortada como das serpentes, deformar o corpo, pintar os olhos de preto, não é algo que agrada ou glorifica ao Senhor. Não devemos ser intolerantes nem discriminar as pessoas que se dão a aberrações ou as que possuem gostos inusitados, nem expulsá-las da igreja caso recebamos sua visita, porém admitir que elas mantenham antigos hábitos não parece nada com o amor de Cristo. Aliás, amor e verdade andam juntos, e às vezes aceitar a manutenção das antigas práticas pecaminosas de uma determinada pessoa pode não ser sinônimo de tolerância, mas de descaso e falta de amor pelos perdidos.   

No amor de Cristo,


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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

MEDO DO MUNDIAL NO BRASIL

Por Gilson Barbosa

Um amigo me enviou um arquivo contendo uma matéria muito impactante e preocupante sobre a Copa do Mundo no Brasil. A matéria foi capa de reportagem da conceituada revista France Football e contém na capa a frase “Medo do Mundial no Brasil”. Eu não li a reportagem na revista, mas os especialistas no assunto comentam que ela cita os atrasos na entrega dos estádios e a insatisfação da população com a realização da Copa e muitas outras denuncias.

Enfim, a Copa já é considerada pelos estrangeiros uma “vergonha internacional”. Desculpe a expressão leitor, mas os políticos brasileiros pensam que somos um bando de trogloditas idiotas que afogam seus problemas sociais assistindo uma partida de futebol. Não critico este ou aquele partido no poder. Todos estão interessados apenas em si próprios. Enquanto o cidadão brasileiro enfrenta tanto desafios sociais no seu dia a dia, os figurões da política brasileira se comportam como se fossem habitantes dos países de primeiro mundo.

Os passos da população e dos políticos são totalmente desconexos. Nossos políticos não andam de ônibus, trem ou metrô, portanto estão livres da superlotação, enquanto isso a maioria da população é sufocada nos poucos espaços que sobram no transporte público; não se preocupam se há vagas, nem com matrículas de seus filhos, em escolas públicas (como milhões de brasileiros), enquanto isso há prefeituras que se eximem de construir mais escolas e preferem a prática eleitoreira de pagar mensalidades a algumas crianças em escolas particulares; não usam o Sistema Único de Saúde, enquanto isso a população sofre nos corredores de hospitais e penam para conseguir agendar uma consulta. Bem, não vou continuar falando, pois o negócio é feio!

Nosso país precisa melhorar e MUITO. Nossos governantes possuem mania de grandeza. Na política (seria só na política mesmo???) predomina a ideia de que mordomia e poder caminham juntos. Só para exemplificar que essa ideia não é coerente eis alguns exemplos: na Inglaterra o primeiro ministro David Cameron vai trabalhar de metrô, o papa Francisco tem por habito carregar sua própria maleta, na festa de entronização do príncipe herdeiro da Holanda foi encaminhada uma mensagem as autoridades que não levassem nenhum tipo de presente, o presidente uruguaio abriu mão de morar no palácio presidencial para viver em seu pequeno sítio nos arredores de Montevidéu. Duvido que nossos políticos estejam dispostos a realizar esses atos.

Ainda que seja difícil (pois a malandragem parece estar no gene da política brasileira) uma das soluções contemplaria trocar os políticos a cada eleição. A questão é que não somente o ParTido no poder, mas também os demais, estão cada vez mais interessado na política populista e eleitoreira. E os cidadãos, por sua vez, se entregam aos cuidados do governo e ao sinal de qualquer mudança preferem manter os governantes que os manterão financeiramente do que uma administração séria. Será que cabe aqui o ditado: “cada povo tem o governo que merece?”.

Da minha parte continuarei a valorizar meu voto, combatendo os desmandos políticos e as injustiças sociais, acompanhando atentamente os passos do governo, seja na esfera municipal, estadual ou federal. E você, o que vai fazer?
No amor de Cristo,
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domingo, 9 de fevereiro de 2014

A POLÊMICA DO BEIJO GAY NA TELEVISÃO

Por Gilson Barbosa

As emissoras de televisão estão preocupadas com dois fatores apenas: audiência e lucros dos seus patrocinadores. Olhando por essa perspectiva é fácil identificarmos que elas não estão preocupadas com a grade de suas programações. Por isso, a classificação indicativa de programas de TV, de acordo com a faixa etária do público que ele pode atingir, foi uma das maneiras encontradas pelo governo para que as crianças não sejam submetidas a todo o tipo de imagens, tais como, nudez, sexo, drogas e violência.

No entanto, os critérios de avaliação não são tão fáceis de serem praticados e avaliados. Com certeza a comunidade homossexual sentirá ofendida se dissermos que a cena do beijo gay não deveria ser mostrada na televisão, tendo em vista a influencia (negativa?) que isso causaria as crianças. Eles não estão nem um pouco preocupado com as crianças, pois, segundo o Relatório Kinsey de 1948 “As crianças são sexuais e podem ter orgasmos a partir do nascimento. Elas não sofrem nenhum dano quando têm relações sexuais com indivíduos da família e com adultos…”. É uma afirmação um tanto comprometedora, não acham?

A ascensão da comunidade homossexual não tem mais "freio". O mundo vai de mal a pior em todas as áreas. Em vez dos evangélicos criticarem a emissora por causa do beijo, deveriam não dar ibope a ela. Há um objeto chamado controle remoto e você pode escolher que emissora ou programa irá assistir. Os autores sabem que a maioria dos evangélicos assiste e gosta de novela. Eles identificaram que há muita hipocrisia no meio evangélico. Crentes que criticaram o beijo gay assistiram os capítulos anteriores onde houve cenas de adultérios, assassinatos, imoralidade, e não demonstram nenhum repúdio a isso. Mas, quando a cena do beijo foi ao ar se escandalizaram. Há muitos evangélicos moralistas, mas não espirituais.

Não estou a favor da homossexualidade nem contra os homossexuais. Há postagens neste blog que demonstram qual minha postura sobre o tema. Mas, eles também possuem a imagem e semelhança divina e não devemos desumanizá-los e nem desrespeitar sua dignidade. É bom que os evangélicos aprendam a conviver com esta realidade. Isso não significa aprovar sua conduta. Assim também os homossexuais devem respeitar a opinião religiosa.

O papel da igreja na sociedade é combater todo o tipo de males sociais e não apenas a homossexualidade. É amar com o amor de Cristo e falar-lhes do evangelho que salva os pecadores.

Quanto à grade das emissoras de televisão e a razão de sua existência na sociedade, não espere algo agradável. Faça bom uso da sua liberdade e mude de canal, se sentir-se ofendido em algum sentido. Ouvi um boato que na novela Em Família também haverá beijo gay, e agora é a vez das mulheres. A referida emissora se esforça, e muito, para que aceitemos como normal a prática homossexual.   

Nós não vamos parar de pregar a verdade das Escrituras Sagradas e ela condena a homossexualidade – gostem ou não. É bom que cada grupo se respeite mutuamente. A Bíblia afirma que um abismo chama outro abismo, portanto, não espere que a comunidade homossexual deixe de reivindicar “seus direitos”. Casamento gay, adoção de crianças pelos homossexuais, aborto, descriminalização das drogas, todas essas coisas é questão de tempo. É o laicismo do Estado.

Que a igreja de Cristo esteja sempre preparada para o que vier.


No amor de Cristo,
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