sábado, 6 de janeiro de 2018

EM QUE SENTIDO JESUS É FILHO DE DEUS?


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Talvez o versículo bíblico mais conhecido da Bíblia seja João 3:16: “Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna”. Mas, algo deve ficar bem claro em nossa mente: dizer que Jesus é Filho de Deus não implica no sentido de criação, ou seja, que Ele teria sido criado ou gerado por Deus. Algumas seitas afirmam esse absurdo.

Entre as muitas heresias sobre a pessoa de Jesus as Testemunhas de Jeová ensinam que Jesus foi criado por Deus, e somente depois disso ele criou o mundo, conforme atesta João 1:3: “Todas as coisas foram feitas por intermédio dele; sem ele, nada do que existe teria sido feito”. Ou seja, Jesus possui característica e atributos do ser divino, mas é um deus menor que o Pai. Essa teoria é antiga e foi idealizado por Ário, um presbítero de Alexandria, por volta do 4º século.  

           O pensamento racionalista de Ário o levou a negar a deidade de Jesus Cristo, sua preexistência, eternidade, e por fim concluir que Deus, o Pai, o criou da mesma forma como criou as demais coisas, como por exemplo, os anjos. Há coisas importantes para dizer a respeito do título “Filho de Deus” que não coadunam com as teorias dessas e de outras seitas.

          Alguns estudiosos cristãos negam a filiação eterna de Cristo e defendem a filiação encarnacional, ou seja, Cristo assume o papel de filho apenas após a encarnação. Qual a implicação disso? Crer que a noção de Filho aparece em Jesus somente na encarnação ou em momentos distintos tais como em seu batismo, ressurreição ou exaltação a destra do Pai é admitir que Deus existia sozinho na eternidade sem a presença de Cristo e do Espírito Santo; portanto a doutrina da Trindade seria extremamente prejudicada. Dizer que Jesus é “Filho de Deus” ou crer na filiação eterna de Cristo é assumir tanto a deidade de Cristo em igualdade com o Pai como sua eternidade. Cristo não é um ser divinizado, mas é o próprio Filho de Deus. Deus Pai não concede poderes a ele, mas ele é eternamente possuidor dos atributos da Divindade. A noção de filho, na Bíblia, não é a mesma que a nossa, no sentido de geração ou procriação, mas de possuir os mesmos atributos desde a eternidade.

            Jesus não passou a existir no século I em Belém da Judeia; seus dias são eternos, ou como afirmou o profeta Miqueias (5:2) “desde os dias da eternidade”. A expressão Filho significa simplesmente que Jesus é da mesma natureza do Pai. Tudo aquilo que é dito do Pai, é aplicado também ao Filho. 


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