terça-feira, 10 de abril de 2018

QUE É O HOMEM?

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Depois de analisar as várias correntes religiosas e ou filosóficas sobre a identidade e natureza do ser humano, podemos estar seguros de que a Escritura Sagrada oferece resposta conveniente e admissível sobre o tema. O ser humano é muito mais do que um amontoado de átomos ou produto da evolução, coisa que o pensamento filosófico e religioso (não todos, obviamente) pretende afirmar. Ele possui aspirações, desejos, intuições, religiosidade, espiritualidade, sonhos, etc; essa gama de complexidade o faz um ser altamente sofisticado e misterioso concomitantemente. Por exemplo, o filósofo “Aristóteles, ao tratar da vida contemplativa, falou de um ‘elemento divino’ do Homem, que, na mesma medida em que excede no todo que constitui o Homem, torna o Homem virtuoso e bem-aventurado” (Dicionário de Filosofia Nicola Abbagnano). O salmista ficou tão impactado diante da grandeza das obras de Deus a ponto de perguntar: “Que é o homem para que com ele te importes? E o filho do homem, para que com ele te preocupes?” (Salmos 8:4). Essa indagação retrata a importância do ser humano aos olhos de Deus, pois logo em seguida ele mesmo responde: “Tu o fizeste um pouco menor do que os seres celestiais e o coroaste de glória e de honra” (Salmos 8:5). O Criador proporcionou ao ser humano uma justa oportunidade de viver uma vida abundante, pois o criou inerentemente bom e sem pecado, conforme afirmação do mestre ou pregador, em Eclesiastes (7:29a): “Deus fez os homens justos”. Há uma frase que precisa ser bem entendida: “Errar é humano, perdoar é divino”. Se a ideia for de que o erro faz parte da criação da natureza humana, então esse provérbio se equivoca, pois Deus não criou um ser humano degenerado, corrompido, inerentemente mau. A teologia cristã arrazoa que a fonte do erro humano encontra seu fundamento na escolha pecaminosa de Adão e sua esposa Eva. Esse fato também foi registrado pelo mestre ou pregador em Eclesiastes “... mas eles foram em busca de muitas intrigas” (7:29b).

O entendimento inadequado sobre a identidade e natureza humana tem produzido mazelas terríveis objetiva e subjetivamente. Entre as várias propostas de compreensão deste complexo tema está o humanismo. Contudo, a filosofia humanista não pode ajudar nesse tema, pois suas declarações não apontam a solução adequada para o problema. Ela afirma: “O humanismo considera o homem como centro de todas as coisas. Ele exalta as potencialidades do homem e afirma sua dignidade. Valoriza o homem como um ser em busca de si mesmo e de seu desenvolvimento, como um ser livre e autônomo, que é critério de si mesmo, que faz suas escolhas e define o seu sentido. Para o humanismo, o valor do homem é infindável” (Reflexões sobre a filosofia humanista como fundamento da psicoterapia humanista). Toda essa valorização humana e autonomia não faz do ser humano uma pessoa melhor e resolvida existencialmente. Cremos que somente Deus, por meio da Escritura Sagrada, oferece respostas plausíveis sobre o assunto.

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