terça-feira, 10 de abril de 2018

QUE É O HOMEM?

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Depois de analisar as várias correntes religiosas e ou filosóficas sobre a identidade e natureza do ser humano, podemos estar seguros de que a Escritura Sagrada oferece resposta conveniente e admissível sobre o tema. O ser humano é muito mais do que um amontoado de átomos ou produto da evolução, coisa que o pensamento filosófico e religioso (não todos, obviamente) pretende afirmar. Ele possui aspirações, desejos, intuições, religiosidade, espiritualidade, sonhos, etc; essa gama de complexidade o faz um ser altamente sofisticado e misterioso concomitantemente. Por exemplo, o filósofo “Aristóteles, ao tratar da vida contemplativa, falou de um ‘elemento divino’ do Homem, que, na mesma medida em que excede no todo que constitui o Homem, torna o Homem virtuoso e bem-aventurado” (Dicionário de Filosofia Nicola Abbagnano). O salmista ficou tão impactado diante da grandeza das obras de Deus a ponto de perguntar: “Que é o homem para que com ele te importes? E o filho do homem, para que com ele te preocupes?” (Salmos 8:4). Essa indagação retrata a importância do ser humano aos olhos de Deus, pois logo em seguida ele mesmo responde: “Tu o fizeste um pouco menor do que os seres celestiais e o coroaste de glória e de honra” (Salmos 8:5). O Criador proporcionou ao ser humano uma justa oportunidade de viver uma vida abundante, pois o criou inerentemente bom e sem pecado, conforme afirmação do mestre ou pregador, em Eclesiastes (7:29a): “Deus fez os homens justos”. Há uma frase que precisa ser bem entendida: “Errar é humano, perdoar é divino”. Se a ideia for de que o erro faz parte da criação da natureza humana, então esse provérbio se equivoca, pois Deus não criou um ser humano degenerado, corrompido, inerentemente mau. A teologia cristã arrazoa que a fonte do erro humano encontra seu fundamento na escolha pecaminosa de Adão e sua esposa Eva. Esse fato também foi registrado pelo mestre ou pregador em Eclesiastes “... mas eles foram em busca de muitas intrigas” (7:29b).

O entendimento inadequado sobre a identidade e natureza humana tem produzido mazelas terríveis objetiva e subjetivamente. Entre as várias propostas de compreensão deste complexo tema está o humanismo. Contudo, a filosofia humanista não pode ajudar nesse tema, pois suas declarações não apontam a solução adequada para o problema. Ela afirma: “O humanismo considera o homem como centro de todas as coisas. Ele exalta as potencialidades do homem e afirma sua dignidade. Valoriza o homem como um ser em busca de si mesmo e de seu desenvolvimento, como um ser livre e autônomo, que é critério de si mesmo, que faz suas escolhas e define o seu sentido. Para o humanismo, o valor do homem é infindável” (Reflexões sobre a filosofia humanista como fundamento da psicoterapia humanista). Toda essa valorização humana e autonomia não faz do ser humano uma pessoa melhor e resolvida existencialmente. Cremos que somente Deus, por meio da Escritura Sagrada, oferece respostas plausíveis sobre o assunto.

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terça-feira, 20 de março de 2018

TEMOS ANJO DA GUARDA?

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A crença de muitas pessoas é que Deus designou determinado anjo para velar, cuidar, amparar e proteger cada uma delas. Essa missão dura até o fim da vida. É possível se comunicar, por conversa, com o anjo protetor e, saber qual seu nome pessoal é algo relevantíssimo. Ou seja, há uma relação bem próxima entre o anjo guardião e a pessoa. Ainda que até mesmo crentes salvos em Jesus Cristo simpatizem com essa ideia, contudo, ela revela o lado místico e oculto do ser humano. De fato, esse procedimento trata-se de paganismo puro e não cristianismo; é uma crença popular. Dois textos bíblicos são evocados na tentativa de respaldar essa teoria: Mateus 18:10 e Atos 12:15.  

No caso de Mateus, precisamos primeiro tentar responder quem são os “pequeninos”. Ao ler o primeiro versículo (Mateus 18:1) perceberemos que aponta para os verdadeiros discípulos de Jesus; são pessoas que se tornam como crianças. A elas é dado o direito de entrar no “reino dos céus”. O assunto do texto não é estritamente sobre os doze apóstolos, crianças ou necessariamente “anjo da guarda”. O versículo 6 aponta que levar um discípulo (seguidor) de Cristo a pecar é um grave delito. Novamente, os “pequeninos” são aqueles que creem em Cristo. A expressão “pequeninos” também é usada em Mateus 10:42: “E se alguém der mesmo que seja apenas um copo de água fria a um destes pequeninos, porque ele é meu discípulo, eu lhes asseguro que não perderá a sua recompensa”. Não são crianças, mas seguidores ou discípulos de Cristo. No mesmo sentido deve ser entendido o texto de Mateus 25:40: “o que vocês fizeram a algum dos meus menores irmãos, a mim o fizeram” (NVI - Mateus 25:40). Outras traduções da Bíblia usam o termo “pequeninos”. Certa vez Jesus afirmou que seus verdadeiros irmãos são aqueles que fazem a vontade de Deus (Mateus 12:50) e são estes que entrarão no “reino dos céus” (Mateus 7:21).

Talvez a ideia mais expressiva que cada pessoa tem um anjo da guarda advém de uma leitura de Atos 12:15: “Eles porém lhe disseram: ‘Você está fora de si!’ Insistindo ela em afirmar que era Pedro, disseram-lhe: ‘Deve ser o anjo dele”’. Que um anjo foi enviando por Deus para libertar Pedro da prisão isso a Bíblia corrobora (Atos 11:11). A nota da Bíblia de Genebra sobre o texto lucano afirma que os discípulos “pensaram que era o guardião angélico pessoal dele (Mt 18.10; Hb 1.14). O conceito popular era que tal guardião poderia assumir a aparência da pessoa humana protegida”. Não podemos esquecer que havia muitas crenças equivocadas entre os discípulos de Jesus. As Escrituras apenas insere o registro, sem chancelar ou legitimar crenças pessoais ou coletivas, mormente as crenças lendárias.

Voltando ao texto de Mateus 18:10 a expressão “seus anjos no céu” pode ser entendida no sentido ordinário e comum de que os crentes possuem numerosos e diversos anjos designados por Deus para atende-los em determinados momentos, e não apenas um especificamente (Salmo 37:4). Que os anjos trabalham ativamente em prol do povo de Deus podemos perceber desde o Antigo Testamento (Gênesis 28:12; Juízes 13:3; Salmo 91:11; Daniel 6:22). O texto direto mais expressivo sobre o tema no Novo Testamento é registrado aos Hebreus 1:14: “Os anjos não são, todos eles, espíritos ministradores enviados para servir aqueles que hão de herdar a salvação?”. Podemos sintetizar o texto da seguinte forma: todos os anjos, para todos os cristãos, em todo o tempo da história. Os anjos cumprem a promessa de Deus ao trabalharem para o bem de todos os cristãos.

O texto de Mateus 18:10 nos informa que os anjos servem aos outros. Depreendemos desse fato a conduta inferior dos discípulos ao buscarem o status e a superioridade social ou espiritual (v.1): “Cuidado para não desprezarem um só destes pequeninos”.  E porque não deveriam tratar de maneira depreciativa os que pretendiam seguir a Jesus? A resposta é que “os anjos deles nos céus estão sempre vendo a face de meu Pai celeste”. A ideia pode ser resumida da seguinte maneira: se os anjos que são seres incríveis e fantásticos, que estão sempre diante da presença de Deus, trabalham ativamente para os servos de Deus, desta forma atestam e confirmam a importância das pessoas fora do círculo dos discípulos íntimos de Jesus. Obviamente isso não exalta a posição dos anjos em relação à Trindade Santíssima, mas apenas considera sua superioridade em relação aos seres humanos.  

O fato é que a comitiva angélica, enviada por Deus a cada crente, deveria manter o respeito e a consideração por cada simples seguidor de Jesus. Ela enaltece a posição de cada crente como filho de Deus. Os anjos de Deus sempre veem o Seu rosto no céu, contudo este mesmo batalhão celestial está a serviço de pessoas mortais e simples que são servas deste Deus. A interpretação do texto é que devemos considerar e respeitar todas as pessoas igualmente, por servirem a Deus e por serem servidas pelos anjos, e não que cada criança, pessoa ou seguidor de Jesus tenha um anjo da guarda.  
                  
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quinta-feira, 8 de março de 2018

A MULHER NO CRISTIANISMO (DIA INTERNACIONAL DA MULHER)


“Mulher virtuosa, quem a achará? O seu valor muito excede o de rubis”. Salomão


Do ponto de vista cristão a mulher nunca foi tratada de maneira inferior aos homens; os papéis são diferentes, mas não há algo como desumanização do sexo feminino. É verdade que sentimos na cultura judaica bíblica uma sensação de preconceito feminino, mas, isso jamais partiu do Senhor e sim de opiniões diversas sobre a mulher. Ao longo do tempo foram sendo criadas leis que impediam a igualdade entre homem e mulher. Percebemos então que a falha está no ser humano, como sempre, e não no Senhor Deus ou na sua Santa Palavra.

As feministas[1] criticam a Bíblia Sagrada por conta disso, mas, entendemos que por sua cosmovisão acontecer através de lentes de mulheres que não temem a Deus, só podíamos esperar essa atitude contra as Escrituras mesmo. No entanto, quando o Senhor criou o ser humano não fez distinção de valor entre suas naturezas:

E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou. (Gn 1.27)

Deve ser entendido também que a Bíblia registra os procedimentos culturais das nações sem necessariamente prescrever a postura que a sociedade deveria ter nos casos que poderiam ser considerados abusivos. Nisso também se enquadra a escravidão também, por exemplo.

Outra explicação a respeito da maneira como a mulher era tratada em Israel tinha haver com o tipo de sociedade familiar que estavam inseridos:

Israel era uma sociedade definitivamente patriarcal. Em geral, os homens eram os chefes da família e do governo. Embora aos olhos de Deus as mulheres fossem de importância igual à dos homens, estes não as viam assim. Haviam algumas leis que impunham sérias restrições à mulher. No primeiro século havia uma célebre oração que os judeus recitavam, na qual agradeciam a Deus por não terem nascido mulher. (Lições Bíblicas, 2000, Ponto de Contato).

Porém, Jesus demonstrou àquela sociedade masculina como deveriam se comportar diante da presença feminina e agiu com atitudes de cortesia, respeito, generosidade e bondade. Deve ser lembrado que nem todos os homens judeus agiam ou pensavam iguais a respeito da mulher. Jesus agiu totalmente ao contrário dos judeus ortodoxos da sua época. Segundo o Manual dos Tempos e Costumes Bíblicos (Ed: Betânia) alguns elementos e acontecimentos caracterizaram a maneira como Jesus tratou as mulheres de sua época.

A mulher não podia ter participação ativa no culto. Nas sinagogas, deveriam sentar-se ao fundo. Em vez de participar dos atos religiosos, elas tinham que se manter a certa distância dos homens. Em muitas das sinagogas, elas não poderiam ler, nem ter nenhum outro tipo de atuação.

Diante dessa atitude o que Jesus fez então? Teve atitudes nobres, como por exemplo, aceitar mulheres em seu grupo de discípulos. Podemos destacar as seguintes: Maria, sua mãe. Ela foi responsável pela educação espiritual de Jesus e certamente muito o influenciou. Maria estava presente quando Jesus realizou o primeiro milagre, em Caná da Galileia (Jo 2.1): “E, ao terceiro dia, fizeram-se umas bodas em Caná da Galileia; e estava ali a mãe de Jesus”; como também presenciou o horror de ver seu filho inocente morrendo numa cruz: “E junto à cruz de Jesus estava sua mãe, e a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Clopas, e Maria Madalena” (Jo 19.25).

Maria Madalena era uma fiel seguidora de Cristo Jesus. Outrora havia sido atormentada por espíritos malignos, mas Jesus a libertou. A Bíblia (Lc 8.1,2) informa o seguinte:

E aconteceu, depois disso, que andava de cidade em cidade e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do Reino de Deus; e os doze iam com ele, e também algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios.

Ela não somente ficou junto à cruz de Jesus, mas, foi uma das primeiras mulheres a comprovar a veracidade da ressurreição (Jo 20.1): E, no primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu a pedra tirada do sepulcro.

Maria de Betânia, a irmã de Lázaro, sentava-se para ouvir os ensinamentos do Mestre (Lc 10.38,39): E aconteceu que, indo eles de caminho, entrou numa aldeia; e certa mulher, por nome Marta, o recebeu em sua casa. E tinha esta uma irmã, chamada Maria, a qual, assentando-se também aos pés de Jesus, ouvia a sua palavra. Numa ocasião derramou um perfume caríssimo sobre a cabeça de Jesus (Mt 26.6,7): E, estando Jesus em Betânia, em casa de Simão, o leproso, aproximou-se dele uma mulher com um vaso de alabastro, com ungüento de grande valor, e derramou-lho sobre a cabeça, quando ele estava assentado à mesa.

Poderíamos mencionar ainda como fiéis discípulos de Jesus, Maria, a mãe de Tiago e José, a mãe de Tiago e João e Marta irmã de Lázaro e Maria. Poderia ser dito também que Jesus não hesitou em conversar publicamente com uma mulher (samaritana, cujo povo era adversário dos judeus), ainda que seus discípulos ficassem desconcertados com a cena: E nisso vieram os seus discípulos e maravilharam-se de que estivesse falando com uma mulher; todavia, nenhum lhe disse: Que perguntas? ou: Por que falas com ela?

Percebemos a mesma atitude de especial gentileza e entendimento igualitário à mulher no livro histórico de Atos dos Apóstolos, nas Cartas Paulinas e nas Pastorais, concluindo assim que as raízes desse nobre tratamento remonta ao nosso Senhor Jesus. Paulo considerava valorosamente as irmãs no seu ministério a ponto de tê-las como cooperadoras na obra do Senhor (Rm 16.1-16).

Que as mulheres, servas tementes ao Senhor, saibam que são pessoas dignas, nobres e especiais para Deus, bem como às suas respectivas famílias. Não “embarquem” no navio furado das feministas, mas confirmem tudo o que é reivindicado pelo Movimento a luz das Escrituras Sagradas. As jovens solteiras que se apliquem nas coisas do Senhor mantendo-se puras tanto no corpo quanto no espírito: Há diferença entre a mulher casada e a virgem: a solteira cuida das coisas do Senhor para ser santa, tanto no corpo como no espírito; porém a casada cuida das coisas do mundo, em como há de agradar ao marido. A mulher casada seja bênção para o marido e filhos, esforçando-se na educação cristã dos filhos (junto com o esposo) e sendo luz e sal da terra numa sociedade onde as mulheres não-cristãs estão cada vez se entregando ao secularismo e liberalismo.

Todo o dia poderíamos celebrar como sendo o Dia da Mulher! Mas, como o dia 08 de março foi popularmente convencionado, desejo a minha digníssima esposa e todas as mulheres uma ótima celebração.

Em Cristo,





[1] Movimento feminino de opinião que tem lutado contra a “inferiorização” da mulher na sociedade. A raiz moderna do Movimento ganha forças com a publicação do livro A vindication of the rights of woman no final do século XVIII, na Grã-Bretanha. 
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quarta-feira, 7 de março de 2018

O QUE SIGNIFICA SER CHEIO DO ESPIRITO SANTO?

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Ser cheio do espirito santo não é uma opção, privilégio, status, ou algo parecido. É uma ordem dada por Deus, pela boca do apóstolo Paulo, a cada pessoa convertida e não apenas a algumas pessoas. Também não devemos pensar que o enchimento do espirito é a manifestação de algum dom espiritual/sobrenatural; ao contrário, trata-se da produção do fruto do Espírito. Essa ocorrência (ser cheio do espirito) é experimental, condicional e repete sempre. É diferente da habitação permanente do espírito santo na vida do regenerado. John Stott reconheceu a diferenciação ao afirmar: “Quando falamos do batismo do Espírito estamos nos referindo a uma concessão definitiva; quando falamos da plenitude do Espírito estamos reconhecendo que é preciso apropriar-se contínua e crescentemente deste dom” (Batismo e Plenitude do Espírito, p.34).   

A carta de Paulo aos efésios (5:18), entre outros assuntos, busca orientar os crentes sobre a plenitude do Espírito: “Não se embriaguem com vinho, que leva à libertinagem, mas deixem-se encher pelo Espírito”. O reverendo Jailson Santos menciona a maneira como John Stott interpreta esse texto: “Stott, com base em Éfesios 5. 18, fala ainda sobre o mandamento  para ser cheio do Espírito e mostra que ele é uma ordem (imperativo) para todos os cristãos (plural) deixar ser cheio de Espírito Santo (passivo) de forma continua (presente grego). Observe duas coisas na análise de Stott: A primeira essa plenitude é para todos os cristãos e não apenas para um grupo. A segunda é que paradoxalmente o enchimento (voz passiva no grego) do Espírito Santo vem dEle mesmo. O que o Apostolo quer dizer é que devemos: ‘Deixar-nos encher pelo Espírito’”.[1]
Ser pleno ou cheio do Espirito é algo necessário para a realização do serviço cristão. Assim, vemos na Bíblia que o Espírito sempre capacita seus servos para realizar algum tipo de tarefa. De João Batista é dito ser cheio do Espírito Santo desde o ventre materno: “pois será grande aos olhos do Senhor. Ele nunca tomará vinho nem bebida fermentada, e será cheio do Espírito Santo desde antes do seu nascimento” (Lucas 1:15). A tarefa de João consistia em preparar o coração do povo para receber ou aceitar o Messias. Para tanto necessitava do poder do Espírito. Quando foram escolhidos os diáconos para cuidarem da parte social da igreja, eles deveriam ser cheios do Espírito: “Irmãos, escolham entre vocês sete homens de bom testemunho, cheios do Espírito e de sabedoria. Passaremos a eles essa tarefa e nos dedicaremos à oração e ao ministério da palavra” (Atos 6:3,4). Paulo, cujo chamado e vocação era para a pregação entre pessoas estrangeiras, deveria, para tanto, ser cheio do Espírito: “Então Ananias foi, entrou na casa, impôs as mãos sobre Saulo e disse: “Irmão Saulo, o Senhor Jesus, que lhe apareceu no caminho por onde você vinha, enviou-me para que você volte a ver e seja cheio do Espírito Santo” (Atos 9:17). Os irmãos, da igreja nascente, não se intimidaram diante da pressão política/religiosa, mas foram capacitados pelo Espírito para a pregação corajosa do evangelho: “Depois de orarem, tremeu o lugar em que estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo e anunciavam corajosamente a palavra de Deus” (Atos 4:31). Todos esses textos indicam que o enchimento do Espírito não é privilégio para um grupo de pessoas, mas uma necessidade de cada crente convertido. Os crentes devem buscar ser plenos do Espírito.
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terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

RACIONALISMO EVANGÉLICO

Resultado de imagem para RENÉ DESCARTES IMAGENSA Enciclopédia Encarta afirma que o Racionalismo, em filosofia, é um sistema de pensamento que acentua o papel da razão na aquisição do conhecimento. Opõe-se ao empirismo que ressalta o papel da experiência. Na história da filosofia ocidental, o racionalismo identifica-se, sobretudo, com o filósofo René Descartes. Os estudiosos debatem se há diferença entre racionalismo e razão.


Diferenciar racionalismo de racionalidade pode ser apenas uma questão de semântica. Porém, quando a razão se torna o supremo juízo das questões ou é priorizada em demasia, pode se tornar um fator delicado. Não se trata de acentuar o papel da razão na aquisição do conhecimento, pois isso é normal. Em certa medida é cautelar e legítimo o uso da razão. A fé cristã não dispensa o uso da razão na verificação dos fatos históricos ocorridos ou em seus “mistérios” doutrinários. Até aqui tudo bem. Contudo, quando há dilemas na doutrina bíblica nem sempre o uso da razão, elevado a um grau extremo, é uma necessidade obrigatória. Por vezes temos que nos contentar simplesmente em não saber como resolver os tais dilemas, pois o próprio Deus não o fez por nós. Por exemplo: não há solução satisfatória quando o assunto doutrinário versa sobre a soberania de Deus e o livre arbítrio humano; predestinação e a reprovação divina; a onipotência de Deus e a realidade do mal, etc.

Todavia, quando há dilemas teológicos não devemos fazer uso exacerbado da razão para tentar explicar as aparentes discrepâncias. Há muitos dilemas teológicos que a própria Escritura Sagrada não intenciona resolver. O texto de Deuteronômio 29:29 nos alerta sobre essa questão: “As coisas encobertas pertencem ao Senhor, ao nosso Deus, mas as reveladas pertencem a nós e aos nossos filhos para sempre, para que sigamos todas as palavras desta lei”. Fazer da razão humana o supremo tribunal do juízo não resolve a questão do dilema, e, por fim ilude o proponente. Não temos respostas para muita questão doutrinária e/ou teológica, mas devemos nos contentar com aquilo que a Bíblia nos ensina a respeito de certos temas.

Há um sistema de teologia que racionaliza sobre os assuntos elencados acima (arminianismo); há outro que não tem a pretensão de resolver os aparentes dilemas doutrinários (calvinismo). O sistema racional questiona: como pode o mal existir? Por que Deus escolheria alguns para salvação, enquanto não escolhe outros? Deus não seria injusto? Por que não posso [eu mesmo] escolher decidir Deus? Se estou seguramente salvo posso viver pecar pecando? Por que evangelizar se Deus já predestinou pessoas para a salvação? Por que Jesus morreria apenas por algumas pessoas? As perguntas são muitas e diversas. Para todas elas o sistema racional exige coerência e harmonia.

A grande questão é que há sempre uma explicação bíblica para todas as perguntas listadas acima, porém ela não pretende satisfazer a curiosidade humana ou a razão humana. O bom leitor e intérprete da Escritura Sagrada deve ter o saudável hábito de comparar o texto (que está lendo ou estudando) com outros textos bíblicos. Os segredos da Bíblia, que não estão revelados, devem permanecer assim, salvo se a própria Bíblia interpretar os segredos. Não submeta as dificuldades da Escritura à sua razão. Tal ato é parecido com o ateísmo evangélico. Deixe que o Espírito Santo ilumine sua mente e quebre a barreira do entendimento: “Nós, porém, não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito procedente de Deus, para que entendamos as coisas que Deus nos tem dado gratuitamente” (1 Coríntios 2:12). 

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quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

DÍZIMOS E OFERTAS* (Subsidio EBD)

Por Gilson Barbosa

Quando o assunto é dízimo as opiniões se dividem. O que durante anos passou ileso, nos últimos tempos tem recebido muitas críticas. Por que será? Ora, o ensino sobre o dizimo não é bíblico? Abraão, que viveu antes da lei, não dizimou? Não diz Malaquias que aos dizimistas, as janelas dos céus seriam escancaradas? Não escreveu Joel que a omissão em entregar os dízimos ao Senhor estava resultando em calamidades?  Essas perguntas contêm em si mesmas respostas dos que são favoráveis à entrega ou devolução do dízimo.

Infelizmente há não somente crentes tentando barganhar com Deus nos dízimos e ofertas, mas até mesmo certos líderes de igrejas evangélicas ensinando algo parecido com isso nos púlpitos.  

Por exemplo, ouvimos muitas pregações, fundamentadas em Joel 1.4, que se dizimarmos, Deus nos protegerá do gafanhoto cortador, do gafanhoto migrador, do gafanhoto devorador e do gafanhoto destruidor. Em outras palavras haveria escassez de gêneros alimentícios; carestia causada pelo gafanhoto e pela seca. Neste caso, o armário do crente fiel a Deus, mas negligente nos dízimos, se tornaria igual ao dos cidadãos de Jerusalém.

Contudo, o fiel intérprete dos textos sagrados sabe que a seção de Joel 1.1-2.17, descreve o julgamento Divino aos judeus contemporâneos do profeta e que a sentença era resultado dos pecados do povo judeu. Acerca dos gafanhotos diz o reformador João Calvino, no comentário de Joel:

Ele acrescenta do que consistia o juízo— que a esperança deles de alimento havia por muitos anos sido frustrada. Amiúde ocorria, sabemos, de as locustas devorarem o trigo já crescido; e os besouros e lagartas faziam o mesmo: esses eram eventos ordinários. Porém, quando uma devastação se sucedia e outra se seguia, sem haver fim; quando houvera quatro anos estéreis, produzidos repentinamente por insetos que devoraram a vegetação da terra, seguramente isto não era habitual. Por conseguinte, o Profeta diz que tal não podia ter sido por acaso; pois Deus tencionava exibir aos judeus algum portento extraordinário, para que, mesmo contra a vontade deles, observassem a sua mão. Quando alguma coisa insignificante acontece, se for rara, chamará a atenção dos homens; pois frequentemente vemos que o mundo faz uma grande barafunda acerca de frivolidades. Mas é de se admirar, diz o Profeta, “que isso não haja produzido efeito sobre vós. O que então fareis, posto que estais famintos, e as causas são evidentes; pois Deus amaldiçoou a vossa terra, trazendo esses insetos, os quais consumiram vosso mantimento diante de vossos olhos. Visto ser assim, certamente é o tempo de vós vos arrependerdes; mas até aqui tendes estado mui descuidados, tendo ignorado os juízos divinos, os quais são tão fenomenais e memoráveis”

O obreiro que é fiel intérprete das Escrituras Sagradas jamais usará esse texto para sustentar a prática do dízimo, pois não há nenhuma indicação desse assunto na profecia de Joel. Agir desta forma poderá trazer sérios problemas espirituais aos crentes, além de não passar de mera barganha com Deus, pois se você der Deus devolverá â você duplicado, triplicado, quadruplicado...

Devolver o dízimo ao Senhor deve partir sempre da liberalidade pessoal do crente e não de uma pressão compulsória da liderança da igreja. Quando a liderança age pressionando, contraria o ensino a respeito do dízimo. Alguém pode estar se perguntando: Mas, qual o significado da palavra dízimo?  O autor Frank Viola responde:

No Velho Testamento, a palavra hebraica para “dízimo” é maaser, que significa décima parte. No NT, a palavra grega é dekate, que também significa décima parte. A palavra não é tomada do mundo religioso, mas do mundo da matemática e finanças.

CLASSE DE DÍZIMOS NO ANTIGO TESTAMENTO

No Antigo Testamento havia três tipos de dízimos. Primeiro, um dízimo do produto da terra para sustentar os levitas, que não tinham herança em Canaã: “É dever dos levitas fazer o trabalho na Tenda do Encontro e assumir a responsabilidade pelas ofensas contra ela. Este é um decreto perpétuo pelas suas gerações. Eles não receberão herança alguma entre os israelitas. Em vez disso, dou como herança aos levitas os dízimos que os israelitas apresentarem como contribuição ao Senhor. É por isso que eu disse que eles não teriam herança alguma entre os israelitas” Nm 18.23, 24.

Neste primeiro modelo é que se tenta buscar respaldo para o pastorado integral no trabalho ministerial. Porém, não podemos esquecer que o contexto histórico e as necessidades do ofício levítico são extremamente diferentes das necessidades pastorais hodiernas. O ministério levítico, conforme as exigências de Deus, não tem razão de existir hoje em dia.  

Segundo, havia um dízimo anual do produto da terra para patrocinar festas religiosas em Jerusalém. Se o produto pesasse muito para ser levado a Jerusalém, poderia ser convertido em dinheiro: “Separem o dízimo de tudo o que a terra produzir anualmente. Comam o dízimo do cereal, do vinho novo e do azeite, e a primeira cria de todos os seus rebanhos na presença do Senhor, o seu Deus, no local que ele escolher como habitação do seu Nome, para que aprendam a temer sempre o Senhor, o seu Deus” Dt 14.22, 23.

Terceiro, outro dízimo era arrecadado a cada três anos do produto da terra para os levitas, para os levitas locais, órfãos, estrangeiros e viúvas: “Ao final de cada três anos, tragam todos os dízimos da colheita do terceiro ano e armazene-os em sua própria cidade, para que os levitas, que não possuem propriedade nem herança, e os estrangeiros, os órfãos e as viúvas que vivem na sua cidade venham comer e saciar-se, e para que o Senhor, o seu Deus, o abençoe em todo o trabalho das suas mãos” Dt 14.28, 29. Esse terceiro modelo é muito relevante para análise da devolução dos dízimos e do seu devido uso. Tinha como objetivo principal socorrer os mais necessitados entre o povo. Os críticos dizem que os dízimos não são usados para atender esse tipo de pessoas nas igrejas evangélicas e que, o que lhes sobra de consolo são os mantimentos doados, novamente pelos irmãos que dizimam dinheiro à igreja.

Segundo as normas registradas em Levítico 27.30-32 era requerido o dízimo “dos cereais”, “das frutas das árvores” (safras) e dos “rebanhos”. O Novo Dicionário da Bíblia (Ed: Vida Nova) informa qual o procedimento no pagamento desses dízimos:

A maneira de pagar o dízimo do gado era com segue: o proprietário contava os animais conforme iam passando para o pasto, e cada décimo animal era dado a Deus. Dessa maneira não havia possibilidade de selecionar animais inferiores para pagamento do dízimo dentre o gado vacum e o gado miúdo (Lv 27.32 e seg.). Se um hebreu preferisse dedicar a décima parte da produção de seus cereais e frutas, na forma de seu valor monetário, tinha a liberdade de fazê-lo, mas um quinto dessa soma tinha de ser adicionado. Não lhe era permitido redimir a décima parte de seus rebanhos de gado vacum e de gado miúdo dessa maneira.

Todo esse procedimento obviamente teve de ser adaptado ao longo do tempo e hoje o dízimo é referente à moeda nacional de cada país.
  
E O DÍZIMO QUE ABRAÃO DEU A MELQUISEDEQUE?

Os que argumentam em favor do dízimo como um costume pré-mosaico, citam o episódio onde Abraão deu o dízimo à Melquisedeque – um tipo de Cristo. Com isso justifica-se que a prática do dízimo não está atrelada estritamente a lei de Moisés (Lv 27.30-32), mas é anterior a ela.  O teólogo e pastor José Gonçalves lembra-nos que

O que deve ficar claro é que a lei mosaica não criou as práticas do dízimo ou das ofertas, mas apenas deu-lhes conteúdo e forma através das diversas normas ou leis que as regulamentaram. Tal verdade fica patente ao constatar que o ofertar já era uma prática observada nos dia de Abel (Gn 4.4), e que o dízimo já era praticado pelos patriarcas (Gn 14.20; 28.22). 



A Bíblia de Estudo de Genebra anota deste episódio que

a prática de se pagar o dízimo ao rei ou a um deus era comum no antigo Oriente Próximo e é anterior à lei mosaica (Gn 28.22; 27.30-33; Nm 18.21-32). O presente de Abraão à Melquisedeque não era, provavelmente, o pagamento do “dízimo do rei” (cf I Sm 8.15,17), porém, um oferta que refletia o respeito de Abraão para com Melquisedeque como sacerdote do Deus verdadeiro.

Mas, Frank Viola, outro cristão estudioso, contesta o exemplo de Melquisedeque para justificar a entrega dos dízimos com os seguintes argumentos:

Primeiramente, o dízimo de Abraão era completamente voluntário. Não obrigatório. Deus não o ordenou como havia feito com o dízimo de Israel. Em segundo lugar, Abraão dizimou dos saques que ele havia adquirido depois de alguma batalha. Ele não dizimou de suas rendas nem de sua propriedade. O ato de dizimar de Abraão seria algo parecido com receber uma bonificação no trabalho, uma gratificação de Natal, para depois dizimar. Em terceiro lugar, e o ponto mais importante, esta foi a única vez que Abraão dizimou em todos os seus 175 anos aqui na terra. Não há evidência de que ele voltou a repetir tal coisa novamente. Consequentemente, se você deseja usar Abraão como “texto de prova” para dizer que os cristãos necessitam dizimar, então você é obrigado a dizimar apenas uma vez!

Apelar para o fato histórico do dízimo de Abraão à Melquisedeque é emblemático também no sentido de que deveríamos usar o mesmo critério para outras práticas, como por exemplo, o da circuncisão. Abraão não foi circuncidado antes da lei mosaica também?  E porquê os cristãos não se circuncidam? Por que utilizar o critério somente para o dízimo? Jesus não era incoerente com este fato, pois pagava o dízimo, mas também era circuncidado. Jesus era judeu e viveu como tal. 

O NOVO TESTAMENTO RESPALDA O ENSINO DO DÍZIMO?

É comum argumentar que a devolução dos dízimos trata-se do desprendimento avarento que um crente venha ter e que parte de um reconhecimento das benesses que o Senhor tem proporcionado aos seus filhos. Não sei se isso é justificável à luz das experiências. Há crentes que dizimam há décadas, porém mistificaram tanto o dízimo a ponto de trocá-lo pela vida de santidade, ou seja, vivem embaraçados com coisas desta vida, endividados financeiramente, carentes de vida espiritual abundante, nas não abre mão de dizimar. Para quê está servindo o dízimo a essas pessoas? Isso me faz ponderar que nem sempre dizimar é sinal de bênçãos materiais multiplicadas, desprendimento pessoal e voluntário e nunca deveria ser critério para avaliar a piedade cristã. O dízimo não é questão de salvação, mas de entender que a obra do Senhor necessita de apoio financeiro. Se os crentes não dizimarem ou ofertarem, a igreja local terá sérias dificuldades para manter seus compromissos.

Eu já disse mais de uma vez que o bem-estar financeiro de um crente, tanto quanto de um não crente, reside em cumprir o que a Teologia Reformada denomina de mandato cultural. O que vem a ser o mandato cultural? James Montgomery Boice explica:

A Teologia Reformada também enfatiza o mandato cultural ou a obrigação de os cristãos viverem ativamente em sociedade e de trabalharem para a transformação do mundo e suas culturas. Os reformadores tiveram várias perspectivas nessa área, dependendo da extensão como acreditam que tal transformação seja possível.  

O Novo Testamento não trata explicitamente sobre a prática do dízimo. Na versão Almeida Corrigida e Revisada Fiel à palavra dízimo aparece por sete vezes (Mt 23.23; Lc 11.42; 18.12; Hb 7.2, 4, 5, 8), mas, em nenhuma delas é prescritiva e sim descritiva. O presbítero da Igreja Reformada Presbiteriana Túlio César Costa Leite explica que

uma preciosa norma de interpretação afirma que um texto descritivo pode ilustrar uma doutrina, porém não pode ser base de doutrina.

A dificuldade de respaldar o ensino sobre o dízimo no Novo Testamento são duas: a contraposição entre Nova Aliança e Antiga Aliança e os tipos de dízimos que eram praticados no Antigo Testamento. Os três tipos de dízimos, no Antigo Testamento, dificilmente podem ter a mesma aplicação hoje em dia.

Quanto ao apóstolo Paulo, ele não orientou as igrejas sob sua liderança a dizimar, mas, quando os irmãos necessitados da Judéia necessitaram de ajuda ele organizou uma coleta para ajudá-los. Esta, deveria ser conforme a prosperidade de cada um. Isso significa que alguns irmãos, por terem melhores salários que outros, deveriam contribuir com mais de 10% se possível: “Quanto à coleta para os santos, fazei vós também como ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coletas quando eu for” (I Co 16.1,2).  

Segundo Paulo as contribuições deveriam ser feitas com alegria, liberalidade e generosidade e não por obrigação legal: “Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria” (II Co 9.7) ou “Ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria” (Rm 12.8).

Meu pedido é que sejamos sábios, maduros e entendidos para sabermos que na Nova Aliança o Senhor não nos obriga a obediência a Lei do Antigo Pacto. O autor Frank Viola diz que se um crente deseja dizimar voluntariamente ou com base em uma convicção, não há problema. O bom é fazer as coisas para Deus com alegria e não por obrigação, medo ou imposição, e nesse ato está os dízimos e as ofertas para a manutenção da obra que o Senhor delegou a alguns de seus filhos. Este é o principio extraído do antigo dízimo, para o crente da Nova Aliança. 

Em Cristo,


Para não alongar demais o assunto, ser enfadonho e perder o foco, não trato das questões das ofertas neste post. Quem sabe em outro post.  


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