Não
é necessário ser nem um estudante básico em teologia para entender que o
primeiro mandamento ordena adorar somente a Deus e o segundo que não devemos
adorá-lo através de qualquer objeto intermediário.
Não terás outros deuses diante de mim.
(1º mandamento – Êxodo 20:3)
Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma
semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas
debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o Senhor
teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos, até a
terceira e quarta geração daqueles que me odeiam. (2º mandamento – Êxodo 20:4,5)
Esses
textos bíblicos também constam na Bíblia católica; e por que insistem em honrar
e venerar as imagens de Cristo, Maria e de outros santos? Na verdade a Igreja
Católica afastou o quanto pôde seus fiéis da leitura e compreensão do
mandamento de não confeccionar imagens com a finalidade de alcançar alguma graça
divina por meio representativo. É comum os católicos dizerem que não oram à
imagem, ao ídolo, mas ao espírito ou à pessoa que é representada por ele. Mas esta
é uma resposta tola, pois mesmo que não haja pretensão é muito difícil um fiel
católico distinguir entre o ídolo e deus ou espírito que ele representa. E
mais, a Bíblia em nenhum lugar ordena a oração ou veneração a algum dos servos
de Deus; nem em vida nem após sua morte. A oração deve ser feita somente a Deus
em nome de Cristo (João 16:23). Cristo é o único intermediário entre Deus e os
homens (I Timóteo 2:5). Será que é tão difícil entender isso?
A imagem de Conceição Aparecida
Hoje
(12/10/2013) é comemorado em nosso país (Brasil) o dia de Conceição Aparecida.
Foi no dia 31 de maio de 1931, no governo de Getúlio Vargas, que a imagem de
barro da Conceição Aparecida foi declarada, oficialmente, na Capital Federal, a
Padroeira do Brasil.
Segundo
a teoria oficial da Igreja Católica Romana no ano de 1717 alguns pescadores
retiraram do rio Paraíba do Sul, no local denominado porto de Itaguaçu (localizado
no atual município de Aparecida em São Paulo), uma imagem negra da Imaculada
Conceição. A imagem é de barro, medindo 39 centímetros e pesando
aproximadamente 4,5 kg, sem o manto e a coroa, que foram acrescentados (apud Defesa da Fé, edição 26).
A
narrativa afirma que os pescadores não tinham até aquele momento apanhado peixe
algum, mas a partir dessa descoberta da imagem fizeram uma farta pescaria que encheu
as canoas de peixe. Há uma semelhança deste relato com a pesca milagrosa (Lucas
5:1-11) envolvendo Jesus e alguns discípulos. Porém, segundo o Dr. Aníbal
Pereira dos Reis, essa teoria não passa de armação de um pároco local:
Segundo o Dr. Aníbal Pereira dos Reis,
ex-sacerdote, ordenado em 1949, formado em teologia e ciências jurídicas pela Pontifica
Universidade Católica de São Paulo, em seu livro A Senhora Aparecida, Edições
Caminho de Damasco Ltda., SP, 1988; trata-se de uma grande armação do padre
José Alves Vilela, pároco da matriz local. Segundo suas investigações, foi o
padre José Alves Vilela quem colocou a imagem no rio e iniciou planejadamente a
divulgação dos supostos milagres, além de estar manipulando todo o tempo à
imagem e divulgando seus supostos milagres. (apud
Defesa da Fé, edição 26)
Em
Portugal, na pequena cidade de Fátima, a Virgem Maria é denominada de Nossa
Senhora de Fátima. Em 13 de maio de 1917, segundo a teoria católica romana, três
crianças tiveram a visão de uma senhora perto de Fátima, quando estavam
pastoreando ovelhas:
As crianças afirmaram que a mulher, usando um
vestido e um véu brancos, lhes dissera para voltarem lá no 13º dia de cada mês até
outubro, quando ela lhes contaria quem era. No dia 13 de outubro, ela lhes
disse que era Nossa Senhora do Rosário e pediu às crianças que rezassem o
rosário todos os dias. Pediu que as pessoas corrigissem suas vidas e pediu também
que uma capela fosse construída em sua honra. Em 1930, a Igreja Católica Romana
autorizou a devoção à Nossa Senhora de Fátima. Desde então, milhões de pessoas
fazem peregrinação a Fátima. (Enciclopédia
Delta Universal)
Não
é de hoje que deusas são adoradas nas religiões pagãs. O apologista Hélio de Souza
escreveu que “não é óbvio presumirmos que as antigas divindades tutelares
reverenciadas no passado apenas mudaram de nome? Diana para os efésios, Nun para
os ninivitas, Ishtar para os babilônios, Kali para os hindus e, assim, continuam sendo cultuadas por meio de
um pseudocristianismo”.
O
catolicismo romano foi dando a Virgem Maria feições diversas incorporando-a ao
acervo popular de inúmeras nações. Desta
forma absorveu a ideia de deusas do paganismo e incorporou as características
culturais, raciais e étnicas de cada nação. Por isso em Portugal, a Virgem
Maria é conhecida como “Senhora de Fátima”; no Brasil “Conceição Aparecida; na
França “Senhora de Lourdes”; no México “Senhora de Guadalupe”; no Japão “Senhora
da Estrela da Manhã”.
Adoração e veneração
À
Maria é feita oração, preces, pedido de milagres, e milhões de casas
brasileiras possuem um altar a ela. O
catolicismo romano afirma que os católicos não adoram Maria, mas apenas veneram.
Porém, essa distinção não acontece na prática. É como disse o apologista
Alberto Fonseca:
Há diferença entre adorar e prestar culto? Se
prostrar-se diante de um ser, dirigir-lhe orações e ações de graça, fazer-lhe
pedidos, cantar-lhe hinos de louvor não for adoração fica difícil saber o que o
catolicismo romano entende por adoração. Chamar isso de veneração é subestimar
a inteligência humana.
Os
atos descritos acima, por parte do fiel católico, se configuram idolatria e
somente Deus pode receber tais considerações. A Bíblia afirma e ordena: “Então
disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus
adorarás, e só a ele servirás”. (Mateus 4:10)
Resumindo:
não existe adoração relativa, paralela nem veneração a pessoas. O fato de
reconhecer Maria como bem-aventurada por ser a mãe de Jesus é bíblico (Lucas
1:48), expandir isso é descambar em idolatria. João foi o ultimo apóstolo e se
os primeiros cristãos prestassem algum tipo de culto a Maria ou aos “santos” poderia
muito bem ter nos informado e incentivado a tal prática. Porém ele escreve: “Filhinhos,
guardai-vos dos ídolos” (I João 5:21). Lembro aos leitores que um ídolo bem
pode ser uma imagem de escultura, porém em um sentido mais lato, idolatria pode
indicar veneração ou adoração a qualquer objeto, pessoa, instituição, ambição,
etc, que tome o lugar de Deus, ou que lhe diminua a honra que lhe devemos.
Amor aos católicos romanos
O
fato da Bíblia não aprovar o culto aos santos ou a Maria não deveria ser motivo
de qualquer sentimento de aversão ou até mesmo ódio da parte dos evangélicos
aos católicos romanos ou vice-versa. A verdade pode até doer, mas continua
sendo a verdade. O apóstolo Paulo disse aos gálatas: “Fiz-me acaso vosso
inimigo, dizendo a verdade?” (Gálatas 4:16).
Os
evangélicos não consideram a “Nossa Senhora da Conceição Aparecida” como
Padroeira do Brasil porque há um só Deus e Senhor e somente Ele deve ser
venerado ou adorado e mais ninguém:
Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor.
(Deuteronômio 6:4)
E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o
Senhor, para glória de Deus Pai. (Filipenses 2:11)
Com
amor,
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