Por Gilson Barbosa
Desde o primeiro pecado cometido contra a lei de Deus, acontecida no
santuário sagrado do Éden, o ser humano tornou-se corruptor e corrupto. A
partir disso a imagem de Deus foi distorcida, contaminada, manchada. O ser
humano ainda é capaz de grandes e boas realizações, mas agora elas quase sempre
vêm recheadas de intenções espúrias. Se você pensa que os salvos em Cristo não correm
esse risco está muitíssimo enganado. A santificação bíblica é um processo
contínuo e somente alcançaremos a perfeição na eternidade. Contudo, esse fato não
pode servir de justificativas para vivermos uma vida de pecados ocultos.
Se pecado fosse apenas o ato cometido exteriormente, muitos de nós
poderíamos nos julgar imaculados. Porém, os pecados nascem no coração do ser
humano. Jesus disse que de “dentro, do coração dos homens, é que procedem os
maus desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, a
avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a
loucura” (Marcos 7:21,22). Entre outras palavras: o pecado ocorre antes que
seja executado. Ele é gerado na mente, nas ideias, nas intenções, no coração.
Ciente desse fato me ponho a pensar nas inúmeras instituições e
segmentos administradas por pessoas que ao longo do tempo barganharam seus
valores morais por benefícios e vantagens pessoais. Mas essa imoralidade não se
restringe ao ambiente empresarial, filantrópico, cultural, político ou eclesiástico.
Não é exclusivo de quem está no poder ou ocupa uma posição de liderança. Diariamente
nos corrompemos e influenciamos pessoas a se corromperem também. Seguidamente
furamos filas, colamos numa eventual prova, avançamos com nossos veículos o
sinal vermelho, mentimos para livrar “a nossa cara” ou a barra de alguém,
tentamos subornar o policial, compramos produtos piratas, etc.
Quero deixar claro que essas “pequenas corrupções” e desmandos tem um
nome: PECADO. Vamos ter que responder diante de Deus sobre cada pecado
cometido.
Na sociedade em geral podemos observar como alguns poucos detêm uma dominação
exercida em nome da liberdade. Os partidos políticos discursam em prol da
igualdade e liberdade, mas os seus reais interesses não passam de manobras
políticas e eleitoreiras. Seus líderes prometem o que estruturalmente não se consegue
ou pode fazer. Você acha mesmo que os sindicatos se importam com os
trabalhadores? Você acha mesmo que o presidente da Confederação Brasileira de
Futebol (CBF) está interessado no futebol da seleção brasileira? Você acha
mesmo que todos os ministros estão interessados em que os “mensaleiros” cumpram
seus prazos de detenção nas cadeias? Se respondeu SIM a essas perguntas você só
pode ser muito ingênuo mesmo!
Infelizmente nem mesmo os administradores de instituições paraeclesiásticas
ou denominações evangélicas escapam da intenção de dominar a maioria em nome da
liberdade. Essa ideia tem sido utilizada sorrateiramente. Há muitos irmãos que
são escravos, não de Cristo, mas das instituições ou denominações que
frequentam. Outros são cúmplices, pois sabem o que está acontecendo nos
bastidores, mas porque recebem salários da Igreja preferem compactuar com a
sujeira da corrupção do que renunciar o cargo. Que o povo do Senhor leia mais,
se informe mais, busque conhecimento secular e intelectual, para não ser vítima
de líderes opressores e totalitários.
Para entender a capacidade do ser humano em se corromper e tirar
vantagens do poder quero sugerir a vocês a leitura do livro A Revolução dos
Bichos, George Orwel, Companhia das
Letras. Já que muitos usam a Bíblia para manipular os mais “fracos”, quem sabe outro
tipo de leitura não abrirá ainda mais a sua mente?
No amor de Cristo,
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