Gilson Barbosa
Queridos leitores, uma das coisas
que mais me aborrece no mundo cristão-evangélico é o orgulho espiritual que possui alguns crentes. Sim, alguns são
possuídos por este sentimento. Talvez eu não esteja sozinho, pode ser que vocês
também se irritem com esse tipo de comportamento. Esta gente pensa que Deus
está exclusivamente ao seu dispor “25” horas por dia pronto para sempre aprovar
suas solicitações ou conduta. Confesso que isso me entedia. São os supercrentes,
superespirituais, superapóstolos, superpregadores, superprofetas... O apóstolo
Paulo teve muito trabalho com esse pessoal.
O presbítero Solano Portela, no
livro 5 Pecados que ameaçam os
calvinistas, define orgulho espiritual da seguinte maneira:
Poderíamos
definir o orgulho espiritual como sendo uma atitude de desprezo aos outros
irmãos. Seria abrigar a sensação de se achar possuidor de uma visão superior.
Seria o desenvolvimento de uma atitude de rejeição do aprendizado, contrária à
humildade que Deus requer dos seus servos. Seria achar que se é conhecedor de
uma faceta de compreensão que os demais irmãos ainda não alcançaram.
Na Bíblia temos um exemplo que se
ajusta bem a esta definição: a parábola do fariseu e do publicano (Lucas
18:9-14). É interessante notar que aquilo que o fariseu dizia de si mesmo era
verdadeiro, porém confiava nos seus próprios méritos. Já o publicano (uma
classe de gente odiada pelos judeus) confiou na graça de Deus. A oração do
fariseu foi proferida com um espírito de orgulho, o publicano em oração confessou
ao Senhor que era o pecador. O
orgulhoso fariseu começou sua oração dizendo a Deus que se privava de alguns vícios
pecaminosos, enquanto apreciava práticas piedosas (vs 11,12). O publicano sabia
que não podia pleitear nada diante do Senhor soberano. Com senso de indignidade
batia no peito em sinal de tristeza (v. 13). Jesus concluiu seu ensinamento
dizendo que “quem se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado”.
Não temos porque nos orgulhar diante de Deus. Lamentavelmente muitos crentes não
aprenderam essa lição.
Há um tipo de orgulho que
reflete a identidade do orgulho espiritual: o orgulho denominacional.
Penso que em doses homeopáticas a atitude seja saudável. A psicologia chama
esse procedimento de orgulho como
admiração. Uma pessoa que respeita a igreja a qual pertence e busca pontuar
suas qualidades merece respeito. Porém, quando esse sentimento pela denominação
extrapola os limites, a pessoa se torna non
grata. Torna-se semelhante aqueles pais que vêem defeitos nos filhos dos
outros, mas os seus são irrepreensíveis. Isso não significa dizer que há
igrejas perfeitas e que, portanto não devemos avaliar sua conduta neste mundo. As
diferenças teológicas não são suficientes, temos que avaliar suas doutrinas à
luz da Bíblia. Os crentes de Bereia usavam esse critério na avaliação da
pregação do apóstolo Paulo. Lucas diz
que eles examinavam as Escrituras todos os dias para ver se o que o apostolo
afirmava era ortodoxamente bíblico (leia Atos 17:11). Tenho pena de alguns
crentes que aceitam tudo como verdade, só porque foi ensinado pelo “apóstolo fulano
de tal”.
O crente fanático por sua
denominação precisa saber que não há igreja imaculada nem impecável. Obviamente
não estamos falando da Igreja invisível de Cristo – a que é composta por todos
os salvos de todos os tempos e lugares (Efésios 5:23). O teólogo Wayne Grudem classifica
a Igreja em duas categorias: as falsas igrejas e as igrejas verdadeiras (estas podem
ser mais puras ou menos puras). Segundo
seu entendimento a “pureza da igreja é o seu grau de isenção de doutrina e de
conduta errôneas e o seu grau de conformidade com a vontade de Deus revelada à igreja”
(Teologia Sistemática, p. 733). Observamos isso nas igrejas da província romana
da Ásia. Quatro, das sete igrejas receberam críticas severas do Senhor, mas nem
por isso o Senhor as condenou ao inferno, mas instruiu sobre o que deveria ser
feito (Apocalipse 1:20-3:22). O Senhor tem seus eleitos em muitas igrejas das
quais repudiamos sua conduta.
Há pessoas que chegam ao ponto de
odiar denominações ou líderes por
causa de suas inúmeras heresias. Não devemos agir assim. A verdade deve ser seguida
em amor (Efésios 4:15). O pastor Hernandes Lopes diz que “a verdade sem amor é
brutalidade, mas amor sem verdade é hipocrisia”. Precisamos encontrar o ponto
de equilíbrio. Pentecostais criticam tradicionais e vice-versa; calvinistas
atacam arminianos e vice-versa. Enquanto isso Satanás se diverte observando que
o reino do Senhor é dividido por fortes emoções negativas. O apóstolo Paulo ao
descrever nosso arqui-inimigo alerta que “não é contra pessoas de carne e
sangue que temos de lutar, mas sim contra principados e poderios, contra os
príncipes deste mundo de trevas, contra os exércitos espirituais da maldade nas
regiões celestiais” (Efésios 6:12). É claro que há diferenças teológicas,
litúrgicas e doutrinárias entre as denominações. Contudo, se o Senhor orientou
a amarmos nossos inimigos (Mateus 5:44), porque hostilizarmos os irmãos que não
estão do mesmo lado que nós? Que o Senhor tenha misericórdia do seu povo e dê
sua paz.
No amor de Cristo,
coitado desse presbítero......... como pode falar essa asneira coisa de pessoa que vive longe de Deus,carnalidade pura, olha isso:
ResponderExcluirPoderíamos definir o orgulho espiritual como sendo uma atitude de desprezo aos outros irmãos. Seria abrigar a sensação de se achar possuidor de uma visão superior. Seria o desenvolvimento de uma atitude de rejeição do aprendizado, contrária à humildade que Deus requer dos seus servos. Seria achar que se é conhecedor de uma faceta de compreensão que os demais irmãos ainda não alcançaram. temos orgulho sim, somos privilégiado, nada somos é claro.
E imagina Jesus sair de sua gloria e morrer por nos, nada se compara a isso, dai vem uma pessoa no meio do nada e fala na sua carne o que pensa, aiai tenho dó dele, é bom que se converta logo.