Identidade ou perspectiva de gênero – como preferem
denominar seus defensores – é a polêmica mais recente da sociedade moderna. Entretanto
não é exagero denomina-la de ideologia
de gênero. Essa classificação é pertinente, pois se trata de uma IMPOSIÇÃO de certas
ideias, noções e valores com o objetivo de autenticar determinado grupo social.
Trata-se de um doutrinamento social imposto à força por intelectuais e
simpatizantes do movimento, contando com o Estado como seu grande aliado. Este não
somente consente como também por meios de leis intromete-se em questões que não
lhe diz respeito, e assim insiste no pensamento de que são os proprietários dos
nossos filhos.
A ideologia de gênero tem como objetivo desconstruir a ideia
de homem e mulher como seres sexuados afirmando que os mesmos são produtos da
cultura, formação e educação da pessoa, rechaçando a possibilidade de reduzi-los
a um fato biológico. Desta forma as características biológicas não definem a
natureza sexual da pessoa humana. O ser humano é como se fosse uma folha em
branco. A história sexual da sua vida deverá ser escrita por ele próprio
através de suas escolhas e preferencias. Para tais ideólogos o ser humano ao
adentrar neste mundo não é nem homem nem mulher, nem macho nem fêmea, mas
apenas produto do meio em que vive. Suas preferencias e escolhas sexuais (ser
um homossexual, hétero, bissexual, homem ou mulher) são livres.
A grande questão é: há base científica que comprove tal
pensamento? Não, não há! A ciência não respalda essa ideia. Para que uma teoria
seja cientificamente comprovada e passe a vigorar como lei universal é necessária
que seja testada, analisada e verificada a exaustão. Isso não aconteceu com a
teoria da identidade de gênero. É apenas uma teoria utilizada de forma
arbitrária pelos defensores dessa ideologia (sociólogos, antropólogos, psicólogos
e psicanalistas). Por sua vez, ao tentar incluir “violentamente” a identidade
de gênero nas escolas municipais o Estado desrespeita o direito democrático de
cada cidadão, pois esse doutrinamento não expressa o sentimento comum da sociedade
brasileira, mas serve apenas aos interesses de um grupo particular.
De forma contrária aos ideólogos, a ciência respalda o
entendimento bíblico de que homens e mulheres possuem em suas células a
impressão da feminilidade e masculinidade. Mudanças ou fatores educacionais,
históricos e culturais, não irão mudar aquilo que somos. Afirmar que os padrões
de feminilidade e masculinidade são aspectos culturais modelados culturalmente
de acordo com cada época histórica e não atributos naturais da biologia deveria
ser apenas uma opção, uma teoria. Mas seus ideólogos quer que engulamos essa
teoria como uma lei científica.
Segundo o pensamento cristão e bíblico no principio Deus
criou homem e mulher, macho e fêmea: “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à
imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” (Genesis 1:27). A palavra
hebraica para macho é zakar e para fêmea
é nêqebah. Não há no entendimento
bíblico a noção de neutralidade sexual. O fato é que somos seres biologicamente
sexuados e essa sexualidade não é meramente produto da cultura ou
desenvolvimento social histórico. Quanto aos propósitos da distinção de gênero homem
e mulher não competem hierarquicamente entre si, mas se complementam. Segundo o
teólogo Wayne Grudem “a criação do ser humano como homem e mulher mostram a
imagem de Deus 1) nas relações interpessoais harmoniosas, 2) na igualdade em matéria
de pessoalidade e de importância, e 3) na diferença de papel e autoridade. Por
repudiar a hierarquização dos gêneros, as feministas continuaram o
enlarguecimento do caminho para as formulações teóricas modernas a respeito das
identidades feminina e masculina.
Diante do quadro apresentado os cristãos não devem se omitir
a respeito deste assunto tão polêmico, e dizer NÃO ao Estado totalitário e aos
intelectuais defensores da ideologia de gênero. São os pais que devem educar os
filhos e não devem delegar essa função à Escola ou ao Estado. Vivemos numa
democracia, temos o direito de protestar e não é possível que tenhamos de nos
submeter a teorias infundadas de grupos que querem no mínimo a desconstrução do
conceito tradicional de família e no máximo a “morte do cristianismo”.
Ah sim! Ser contra a ideologia de gênero não significa necessariamente
que desrespeitamos ou discriminamos pessoas. Trata-se de um direito pessoal e constitucional
que temos de expressar nossa opinião sobre o assunto. Também não significa a
proibição de quem deseja viver assim. Cada um faz da sua vida o que quiser, mas
não devem impor às pessoas que se opõem a aceitação de tal teoria.
Abraço a todos.
0 comentários:
Postar um comentário