segunda-feira, 3 de outubro de 2011

É DESUMANO OS SACRIFICIOS DE ANIMAIS NA BÍBLIA?

Por Gilson Barbosa
Algumas pessoas considera desumano o sacrifício de animais, conforme relata o Antigo Testamento.
A importância dos ritos religiosos na comunidade de Israel, no Antigo Testamento, se expressava por meio das libações, refeições sagradas, sacrifícios de animais, etc. Apesar de entendermos que a nação de Israel não copiou esses exemplos das nações pagãs, de fato, essas nações tinham os mesmos hábitos; mas a ideologia do povo de Israel era distinta e diferente delas. Se o sacrifício de animais nos parece repulsivo, porque compramos carne embrulhada em sacos plásticos, para os israelitas, porém, era algo perfeitamente normal. Matar animais para fins religiosos era uma prática comum no mundo antigo. A vida do animal era dada em troca da morte do pecador. Por causa da gravidade do pecado, a situação do pecador não poderia ficar sem uma solução. Era esse o motivo que levava Deus a aceitar os sacrifícios de animais, cujo sangue derramado – sangue este que simbolizava a vida (Lv 17.11) – era vital para “cobrir” a transgressão (Hb 9.22).
Entretanto, dentre todas ao seu redor, Israel era a única nação que sacrificava somente ao Deus único e verdadeiro. O culto sacrificial de Israel se fazia acompanhar também de forte realce aos elevados valores morais, ao contrário do culto pagão, que associava o sacrifício à prostituição cultual e a outras perversões.
O sacrifício de animais era, sobretudo, uma oferta pelo pecado. A idéia primordial era que aquele que estivesse ofertando o animal teria o seu pecado “apagado”, ou seja, uma forma voltar a se relacionar com o Criador. Toda vez que um animal era sacrificado servia de vívida lembrança de que o pecado é algo mortalmente grave (Gn 2.17).
Quando a vida do animal era oferecida em troca da pena pelo pecado, o culpado recebia a purificação. Ao colocar a mão sobre a cabeça do animal sacrificado (Lv 1.4), o adorador se identificava com esse animal. Entendia claramente que o animal estava morrendo em seu lugar pelos pecados que cometera. Assim, aquele sangue era um agente purificador que eliminava o pecado, já que representava a vida do animal.
No Novo Testamento, Jesus é apresentado como o antítipo de todos esses sacrifícios. Sendo Ele próprio o “Cordeiro de Deus” (Jo 1.29), se tornou o sacrifício perfeito, eliminando, dessa forma, a continuação e a necessidade de sacrificar animais (Hb 7.27; 9.12-14; 10.18). A primordial diferença entre o sacrifício de Jesus e os animais do Antigo Testamento está na eficácia. O sangue de Jesus não apenas “cobre” os pecados, como o dos animais faziam, mas purifica totalmente o pecador (1Jo 1.7).
Em Cristo,
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