É
um absurdo, mas há “irmãos” que justificam seu pecado citando textos bíblicos.
Lógico que são considerados isoladamente e fora do contexto. Sei de pessoas que
dizem frequentar salas de bate papo (pornografia) para pregar o evangelho. Há
possibilidade de verificar se isso é verdade? Não é muito subjetivo? Imagine o
quanto de pecado similar a este cometeremos com base nessa experiência? Há
outros que ingerem bebida alcoólica, frequentam espaços esotéricos (para
meditação), participam de desfiles carnavalescos, visitam casas noturnas, etc.
Tais
pessoas imaginam que o que Paulo disse aos coríntios se encaixa nas suas
teorias: “Fiz-me fraco para com os fracos, a fim de ganhar os fracos. Fiz-me
tudo para com todos, a fim de, por todos os modos, salvar alguns” (I Coríntios 9:22).
Para esses a pregação do evangelho é uma espécie de “vale tudo”. Algumas
igrejas em épocas de carnaval organizam blocos de carnaval gospel. A ideia é
que devemos nos tornar como as pessoas a fim de trazê-las para o evangelho.
Na
verdade o apóstolo Paulo trata da questão sob os aspectos de duas culturas na
igreja nascente: a judaica e a gentílica. Ou seja, havia entre os membros da
igreja coríntia crentes judeus e estrangeiros. Obviamente esses grupos sempre trouxeram
certa tensão relacional; o apóstolo busca aplicar o evangelho observando os
devidos cuidados com os dois grupos. Será
que isso significa que o apóstolo Paulo era um dissimulado? Não, de maneira alguma!
Conforme
a explicação dada aqui o que “Paulo fazia aqui em I Co 9:19-23 era adaptar-se, sem de maneira nenhuma,
mudar seus valores, seus princípios. Como por exemplo: ele diz aqui no
contexto, que ele não estava debaixo da lei de Moisés (não seguia as
prescrições de ordem cerimonial, nem estava sob a condenação desta lei, por que
Cristo nos libertou do pecado. Agora, quando ele estava entre os judeus, a fim
de se familiarizar com eles, naquilo que não era contra o texto bíblico, ele se
adaptava; e tem um exemplo bem claro dessa adaptação em At 16:3”. Ou seja, se
algum procedimento não “feria” a ordem bíblica, a moral e a santificação
cristã, Paulo adaptava a forma como iria se portar entre esses grupos.
Se há algo
que contraria o mandamento bíblico então não devo me adaptar a ele. O salmista
disse que bem-aventurado é aquele que “não se detém no caminho dos pecadores, nem
se assenta na roda dos escarnecedores” (Salmo 1:1).
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