Por Gilson Barbosa
A seguir, algumas concepções erradas que visam negar a existência de Deus.
Ateísmo
A palavra ateísmo é formada pelo prefixo grego a, que significa “não”, e pelo termo, também grego, theos, que quer dizer “Deus”.
O ateu acredita piamente que Deus não existe, e analisa todas as coisas pelo aspecto natural, e não pelo lado sobrenatural. O ateu encara o mundo que o rodeia como um produto das forças naturais. Não vê sentido nas crenças religiosas em Deus ou em deuses. Acredita, portanto, ser possível provar que Deus não existe. Há dois tipos de ateus: os práticos e os teóricos.
Os ateus práticos realmente vivem como se Deus não existisse. Já os ateus teóricos baseiam sua negação da existência de Deus no desenvolvimento de um raciocínio puramente humano. Sustenta, ainda, que há indícios substanciais desse fato. Entretanto, o próprio ateu teórico não consegue afirmar, em termos dogmáticos, que Deus não existe.
Existem apenas dois meios de se provar que Deus não existe:
1) Considerando a possibilidade de que existe um deus em alguma parte do universo que não entrou em contato conosco, uma pessoa precisaria ter conhecimento absoluto de tudo que está acontecendo em cada ponto do universo para afirmar categoricamente que Deus não existe. É óbvio que se ela tivesse tanto conhecimento assim, a ponto de poder afirmar que Deus não existe, seria onisciente e, portanto, por definição, Deus. Do contrário, não poderia ter certeza se Deus (ou deuses) existem ou não.
2) Alguém poderia saber que Deus não existe se recebesse uma revelação especial, informando-o da não existência de Deus ou deuses no universo. Mas somente o próprio Deus poderia dar tal revelação e, assim, esta forma de negar sua existência também não vale.
Portanto, afirmar que Deus não existe é incidir no erro de disputa categórica. Seria mais apropriado dizer: “Eu não creio haver indícios da existência de Deus”. Assim, o ateísta poderia explicar sua base para achar que Deus não existe, e o teísta (aquele que crê em Deus) poderia rebater o argumento do ateísta explicando a razão de sua crença na existência de Deus.
Agnosticismo
A palavra agnosticismo vem de um termo grego que significa “não saber”. É formada pela palavra a, que quer dizer “não”, e pelo substantivo “conhecimento”. Os dois vocábulos são gregos.
Os agnósticos acreditam não haver indícios suficientes para provar ou refutar a existência de Deus ou de deuses. O agnóstico critica tanto o teísta como o deísta por defenderem seus princípios de forma dogmática. Dessa forma, o agnóstico procura manter uma posição de neutralidade.
Existem essencialmente duas categorias de agnósticos. Uma que afirma que há indícios insuficientes que Deus existe, mas não exclui a possibilidade de vir a alcançar provas no futuro. Essa classe de agnósticos acredita na possibilidade de se reunir indicações suficientes para se ter a certeza da existência de Deus.
A outra classe de agnósticos acredita ser impossível ter certeza da existência ou não de Deus ou de deuses. No entender dessa segunda classe, os fatos que permitiriam qualquer comprovação não estão ao nosso alcance, e jamais haverão de estar.
Podemos, então, dividir os agnósticos em dois grupos: aqueles que afirmam não saber se Deus existe ou não e aqueles que sustentam não ser possível saber se ele existe ou não.
Deísmo
O deísmo admite a existência de Deus, porém, rejeita sua completa revelação à humanidade. Para o deísmo, Deus até criou o mundo, mas não participa ativamente dele. O deísmo não acredita em milagres. Para o deísta, Deus é absoluto, não existe a Trindade, ficando evidente que Deus é apenas uma pessoa e não três. Acreditam alguns que o conceito trinitariano resultava em três deuses (politeísta). Enfim, o deísmo é a religião natural com base no raciocínio meramente humano.
Esse sistema é refutado pelas evidências das obras de Deus e pela inspiração da Bíblia Sagrada. O deísta só compreende Deus por apenas um ponto de vista ou uma verdade. Mas as Escrituras ensinam duas verdade referente ao relacionamento de Deus para com o mundo.
A primeira verdade seria sua transcendência, que significa sua separação do mundo e sua santidade em relação ao homem e à criação. “No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi também ao Senhor assentado sobre um alto e sublime trono; e o seu séquito enchia o templo”. É o que diz Isaías 6.1.
A segunda verdade é sua imanência, que significa sua presença e sua atividade na criação e na história da humanidade e sua aproximação do homem. “Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos vós” (Ef 4.6).
O deísmo dá crédito demais à primeira verdade, que diz que Deus está distante demais do homem. Já o panteísmo enxerga Deus em tudo. As Escrituras apresentam a idéia verdadeira e absoluta. Deus de fato está separado do mundo e acima do mundo, mas, por outro lado, ele está no mundo.
Afinal, Deus está separado do mundo ou está no mundo?
A Bíblia responde: “Ele está tanto separado do mundo como está no mundo”.
Materialismo
O materialismo declara que a única realidade é a matéria. Ou seja, só se preocupa com aquilo que seja concreto, físico e perceptível. É o método de pensamento que dá mais prioridade à matéria do que à mente, nas explicações do universo. Mediante esse pensamento, o homem é semelhante a um animal. Ou seja, não tem nenhuma responsabilidade por seus atos. Ensina, ainda, que os diferentes tipos de comportamento físicos e psíquicos humanos são simplesmente movimentos da matéria. Para o materialista, o homem não tem a quem prestar contas. Ora, se o homem, a obra mais excelente da criação divina, não é aquilo que a Bíblia diz ser, todos os eternos valores anunciados nas Escrituras, inclusive os relacionados com a existência de Deus, são nulos. Uma premissa do materialismo é o ateísmo. Sua teoria é de que não há Deus e muito menos precisamos de um Deus. Para o materialista, quando o corpo morre a alma também morre, ou seja, a morte destrói a pessoa.
Panteísmo
Para o panteísta, Deus é tudo e tudo é Deus. Deus é o próprio universo e tudo o que existe na natureza é divino. Mas não é isso que a Bíblia afirma. Antes, ela diz que Deus criou o universo e intervém na história do mesmo. É justamente essa a visão geral da maioria das religiões orientais e do movimento Nova Era: que Deus é o próprio universo. O erro do panteísmo não é apenas separar o Criador da criação. Para o panteísta, Deus é impessoal. O corpo impede o homem de se relacionar com Deus. Para que a alma possa ser libertada, cada pessoa deve purificar-se do seu corpo. Os panteístas, na sua maioria, acreditam em reencarnação. Cada pessoa é salva por seus próprios esforços.
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