A ioga está-se tornando objeto de
crescente interesse na moderna sociedade ocidental. “Acredita-se que cerca de
15 milhões de pessoas incluem alguma forma de ioga em seus exercícios físicos,
só nos Estados Unidos”.1
No Brasil ela está em muitas
universidades e tem sido tema de cursos de extensão e de pós-graduação (Como, por exemplo,
no Centro de Práticas Esportivas da Universidade de São Paulo – Cepeusp e nas
Faculdades Metropolitanas Unidas em São Paulo)2.
A ioga é saudada por muitos como
a solução para a mente e para o espírito humano nos áridos desertos criados
pelo racionalismo, pelo materialismo e pelo ateísmo. Entretanto, a ioga tem sua
origem na Índia com raízes no hinduísmo. Não se trata, portanto, de uma idéia
isolada e invariável; pode-se mesmo dizer que suas manifestações apresentam uma
paleta multicolorida de métodos, exercícios e disciplinas. Inclui, ainda,
objetivos psico-religiosos. Os que praticam a ioga formam um grupo igualmente
distinto: socialites, médicos, advogados, vendedores, artistas etc.
No ocidente, atualmente, tal
grupo se constitui de pessoas de todas as idades e camadas sociais, atraídas
por diferentes motivos. Só na Alemanha ocidental calcula-se que cerca de 100
mil pessoas estão praticando a ioga.
A ioga, em suas diferentes formas,
está literalmente preparada para conquistar a Europa, penetrando até mesmo em
muitos círculos cristãos. É notável, no entanto, que ela desempenha apenas um
papel secundário na Índia de hoje, como alguns amigos me informaram. Em muitos
casos, as pessoas de lá já perceberam que a ioga não pode dar-lhes o que buscam
em seus anseios. Conseqüentemente, os cristãos indianos rejeitam a mistura de
ioga e cristianismo. Entretanto, o fato de o ensino da ioga estar ganhando
tanto terreno aqui, nas nações cristãs do ocidente, onde a apostasia e a
rebelião contra Jesus Cristo estão disseminadas, evidencia, de forma bastante
clara, como o seu ensino é anticristão.
O que é a ioga?
A ioga, como a vê o hinduísmo, é
uma coleção de métodos destinados a libertar a alma humana de tudo o que é
terreno com o auxílio do ascetismo, exercícios físicos, técnicas respiratórias
e meditações. A pretendida liberação tem duplo significado e envolve mais que a
vida presente do indivíduo que pratica a ioga. A ênfase principal é dada ao ciclo
do renascimento, também chamado transmigração da alma. De acordo com a antiga
doutrina hindu, a alma não purificada do homem é forçada, por causa de suas
ações passadas (carma), a entrar de novo num ventre materno e renascer. Somente
quando consegue purificar-se por seus próprios esforços atinge a libertação,
ficando, assim, livre de posteriores reencarnações. Ao mesmo tempo, esta
libertação implica na verificação de que a alma individual, o ego real do homem
(atmã), é, basicamente, idêntico ao espírito universal (Brama).
Conseqüentemente, a ioga indiana baseia-se na teoria de que cada alma é, em sua
natureza e substância, essencialmente unida com o divino. “Nisto consiste a
sutil fascinação da ioga - ela ensina a deificação do homem”. Segundo a ioga, o
homem não é um ser decaído, uma distorção da imagem de Deus. Ao contrário
disso, a ioga afirma que o homem é o próprio Deus.
As várias escolas de ioga diferem
uma das outras, principalmente na escolha de exercícios. “A hatha ioga, por
exemplo, dá grande importância às técnicas físicas”, ou seja, purificação dos
intestinos, certas posturas (asanas) e controle da respiração (pranaiama). O
objetivo principal desta última técnica é fazer que a respiração seja
deliberadamente tornada vagarosa. É sabido que tal exercício leva a um
retardamento de raciocínio e a um auto-induzido esvaziamento da mente. “Outras
escolas dão maior ênfase às técnicas meditativas, como, por exemplo, o mantra
ioga, com sua alta, branda ou silenciosa repetição de mantras”. Em muitos casos,
os mantras são fórmulas mágicas sem significado lingüístico ou gramatical, como
o mantra Om, por exemplo.
Para os praticantes da ioga,
essas fórmulas representam forças divinas ou cósmicas: como os deuses Vishnu e
Siva ou o espírito universal Brama. Os hindus acreditam que, através da
contínua repetição de tais fórmulas, podem identificar-se com os poderes que
elas representam. Assim, o homem não mais se aproxima de seu Criador com
humildade; em vez disso, por meio dos mantras, tenta ele próprio positivar sua
oculta identidade com Deus; ou melhor, com uma divindade pagã.
A maioria das escolas de ioga no
ocidente é influenciada pela hatha ioga. Os exercícios ensinados têm, acima de
tudo, a intenção de fortalecer o corpo, manter os membros ágeis, remover resíduos
e impurezas dos órgãos e acalmar os nervos, ajudando, assim, o indivíduo a
viver uma vida harmoniosa, de modo a estar melhor equipado para enfrentar a
moderna luta pela existência. Em muitos casos, até mesmo crianças são levadas a
fazer tais cursos de ioga. Nessas escolas ocidentais de ioga faz-se pouca
menção da liberação da alma através do ciclo de reencarnação. A ênfase
principal é posta no sucesso na presente vida. Como resultado dessa nova
interpretação, no ocidente a ioga é erroneamente considerada uma forma de
esporte ou ginástica. Algumas vezes o principiante experimenta, de início,
certos efeitos benéficos, sentindo-se à vontade e mais capaz para enfrentar
situações de tensão extrema. Aparentemente positiva, a ioga ocidental tem
envolvido muitas pessoas em seus ensinos. Não são poucos os enganados e presos
nessa armadilha.
“Esses exercícios físicos,
entretanto, não podem ser separados de um processo mental”. A mente humana é
inevitavelmente envolvida. Os iniciadores atuais dos cursos de ioga são os
iogues. Os iogues são treinados na ioga do hinduísmo indiano até serem
conduzidos à ioga indiana. Segue-se, portanto, que os exercícios físicos
externos, a respiração e a relaxação conduzem a novos exercícios até que o
indivíduo atinja o conhecimento de si mesmo e a técnica de controlar a mente e
a alma. O autoconhecimento e o controle são adquiridos por meio de um tipo de
“ascetismo e da disciplina ética, que, em última análise, termina na religião
pagã do hinduísmo”.
Com isso, fica esclarecida a seguinte
questão: “a ioga não pode ser separada do hinduísmo. Isso que está sendo
praticado aqui, nas nações ocidentais, não é meramente um exercício benéfico à
saúde, e todos que assim pensam estão grandemente enganados”. Ao contrário do
que muitos afirmam, os exercícios de ioga, em última análise, não podem ser
separados da filosofia especial do hinduísmo e dos conceitos ocultos por trás
dela. Os defensores do hinduísmo abertamente reconhecem esse fato.
Junto com seus exercícios
físicos, ensinados durante os cursos de ginástica, a aparentemente inofensiva e
não-religiosa hatha ioga, que se concentra puramente na elevação do
conhecimento dos poderes físicos, é, na realidade, uma preparação para a
“estrada real, a raja ioga”. Certos aspectos do modo de pensar hindu têm
aceitação na hatha ioga. “O que parece ser apenas exercícios de ginástica foi
preparado com motivos ocultos e produzem efeitos na mente”. Isto é óbvio quando
apreciamos títulos como “a postura perfeita, a postura do herói e a postura
lótus”. Não se trata apenas da estimulação de certas partes do corpo, mas de
alguns órgãos internos, glândulas e centros nervosos.
Quais são os objetivos da ioga?
As diferentes escolas de ioga têm
seus ensinamentos específicos, mas o interesse primário da “ioga clássica é
descobrir o ego da pessoa”. Em outras palavras, redescobrir a natureza pura e
divina da pessoa; ou seja, Deus no homem. De acordo com o ensinamento básico da
ioga, “afirma-se que a natureza – especialmente a natureza humana - é
essencialmente boa e digna. Todos os iogues crêem em si mesmos como deuses ou
como partes da divindade”. Os gurus, líderes que transmitem esses ensinamentos,
são considerados divindades personificadas e fazem uso de tal autoridade. Isso
explica sua extraordinária influência, também evidente no mundo ocidental, onde
as pessoas chegam a prostrar-se diante de um rapaz de dezessete anos.
De que maneira as pessoas,
através da ioga, podem achar deus em si mesmas e libertar seu verdadeiro ego, o
divino homem? “O meio é a pessoa esvaziar-se de si mesma de maneira a receber
as forças do universo”, sendo que os exercícios físicos também servem para esse
fim. O homem, então, será capaz de unir-se com a força viva do universo que a
tudo permeia - presente, por exemplo, no ar, na água e no alimento. Desse modo,
o homem pode transformar-se em um “deus”; isto é, com capacidade para elevar-se
até alcançar de novo o estado original, perfeito, inocente – uma pessoa
sobre-humana. Com isso, atinge, como se anuncia, a meta desejada: alegria,
harmonia completa e consciência absoluta. Um estado de “deus-consciência”.
Dessa forma, “a ioga, em sua
própria natureza, é auto-redenção!”. Mas, na tentativa de libertar a alma
individual de uma suposta prisão, e cuidar dela como se ela fosse alguma coisa
boa, “a ioga, na realidade, lisonjeia o ego pecaminoso e, desse modo, fomenta o
egoísmo”. Como resultado, o estudante da ioga está constantemente preocupado
consigo mesmo. Move-se ao redor do seu ego e se torna cada vez mais insociável.
Assim, a alegada auto-redenção não passa de um equívoco. Supondo-se que as
forças atuantes do universo realizam esta auto-redenção, há um ponto importante
que deve ser lembrado: não existem forças neutras. “Atrás de todo poder atuante
há um ser sobrenatural, uma divindade”. Surge, porém, uma questão: qual delas?
Jesus declara que Ele veio de cima, mas há um adversário de Deus (um poderoso
antideus) que procede de baixo: “E dizia-lhes: Vós sois de baixo, eu sou de
cima; vós sois deste mundo, eu não sou deste mundo” (Jo 8.23). Esse, que veio
de baixo, pode, inclusive, infundir seus poderes nas pessoas e conferir-lhes
habilidades especiais: “E não é maravilha, porque o próprio Satanás se
transfigura em anjo de luz” (2Co 11.14).
De onde vêm os poderes que atuam
num estudante de ioga? Com o que se une esse estudante quando ele atinge o
objetivo dos exercícios de ioga e se torna um semideus, um ser sobre-humano?
Como já ficou demonstrado, “os poderes recebidos na ioga vêm, em última
análise, do espírito universal hindu, o Brama”. De um lado, os praticantes de
ioga crêem em si mesmos como sendo deuses; mas, do outro, também encarnam
divindades pessoais como Krishna e Siva. Visto que o estudante de ioga deve
entrar em contato com esses deuses, segue-se logicamente que deve aceitá-los.
Entretanto, isso significa que os adeptos dessa filosofia estabelecem
relacionamento com o mundo demoníaco, justamente como escreveu Paulo com
referência ao sacrifício idolátrico: “Antes digo que as coisas que os gentios
sacrificam, as sacrificam aos demônios, e não a Deus. E não quero que sejais
participantes com os demônios” (1Co 10.20).
Considerando que os pontos
básicos da ioga permanecem ocultos, os que a praticam intensamente estarão, sem
dúvida, se colocando cada vez mais sob a influência de Satanás, embora isso
ocorra de forma imperceptível. Através da atuação das forças cósmicas (que não
são os poderes dos deuses pagãos), uma pessoa se expõe ao perigo de ficar sob a
influência dos poderes de baixo, ainda que pense estar praticando a “ioga
cristã”. Diante de tal fato, o estudante de ioga se transfere do reino de Jesus
– o reino da luz – para o reino das trevas, embora normalmente ele não se dê
conta disso até ser demasiado tarde. A verdade é que essa desastrosa
transferência do reino de Jesus para o domínio dos demônios, cujas
conseqüências serão sentidas na eternidade, ocorrerá necessariamente como
resultado das fontes sobrenaturais da ioga.
Pode haver “ioga cristã”?
A ioga esta associada com poderes
ocultos e mágicos desde sua origem na Índia antiga, o que é evidente. E podemos
constatar isso ao examinarmos os tradicionais manuais de ioga, que prometem ao
estudante poderes sobrenaturais (siddhis) quando ele progride nesse caminho.
Mircea Eliade, autoridade em ioga, escreve: “Na Índia um iogue foi sempre tido
como mahsiddha, um que possui poderes ocultos, um bruxo.
Entre essas
capacidades está o poder de alcançar qualquer objeto a qualquer distância, uma
vontade irresistível, poder sobre os elementos e a realização de suas
vontades”1. Com tais capacidades, o iogue consegue também realizar os chamados
“milagres”. Por exemplo, em setembro de 1974 os jornais noticiaram que, numa
colônia, um iogue e seus seguidores correram, descalços, sobre um braseiro,
cuja temperatura era de 1000 graus centígrados, e, após o feito, não foi achado
qualquer sinal de queimadura em seus pés. Esse iogue fez também seu coração
parar completamente por oito segundos.
Afinal, se é aos poderes das
trevas que o estudante de ioga se entrega, tais poderes, porém, jamais poderão
lhe proporcionar libertação e harmonia, como o ensino dessa filosofia promete.
Satanás é o destruidor de toda felicidade e harmonia, e de tudo que é bom. É
ele quem está por trás de todos os ídolos e deuses, e também dos ensinos
místicos hindus. Ele procura, por tais meios, conservar os homens em seus
pecados e mantê-los debaixo de seu poder, de maneira que possa destruí-los.
Desse modo, o cristão evangélico tem apenas uma escolha: lutar com Jesus contra
os elementos ocultos e de ação demoníaca, que também nos ameaçam por meio do
ensino da ioga. Jesus Cristo veio para destruir as obras do diabo e os poderes
das trevas (1 Jo 3.8). Ele é Senhor e Príncipe da vitória sobre Satanás, os
demônios, os poderes espirituais e principados debaixo do céu.
Assim, é claro e óbvio, pela própria
natureza do assunto, que não pode haver “ioga cristã”. Apesar de toda essa
evidência, não tem sido pouco os seminários teológicos, e até mesmo igrejas, se
deixando levar pelos encantos diabólicos do hinduísmo pela prática da ioga.
Tome por exemplo o caso do Pastor Rodney R. Romney, da Primeira Igreja Batista
de Seatle, autor do livro “Jornada ao espaço interior encontrando Deus – em
nós” (Abingdon, 1980), onde afirma que “compreender Deus é experimentar a
própria divindade”3. Mas esse experimentar só é possível, no ponto de vista de
Romney, por meio da ioga zen4, do sufismo e da meditação transcendental5. É
chocante saber que Romney e seus ensinos não são um caso isolado. Muitos,
dentro do cristianismo, têm abraçado essas mesmas idéias. Tanto é que alguns
cristãos “inocentes” estão praticando a ioga sob a forma cristã. Por exemplo,
substituem os mantras por palavras e orações como a “Oração do Senhor”. E
convidam outros irmãos para retiros “espirituais’ a fim de praticarem a ioga
“cristianizada”, e alegam ser este um modo de revigorar a estagnada vida de
oração de alguém. A ioga, declaram, é uma técnica neutra que pode ser usada
para objetivos cristãos. Entretanto, é óbvio que a origem, o método e o
objetivo da ioga e os da fé cristã são mutuamente exclusivos. A meditação
cristã tem como conteúdo a Palavra de Deus, e não a própria consciência. Além
disso, o Cristo vivo, com seu chamado divino, está em oposição aos ensinos
panteístas, às práticas e aos objetivos dessa ioga que, afinal de contas, está
ligada ao ocultismo.
Embora o perigo maior proceda de
sua fonte demoníaca, “o ensino de auto-redenção como tal está em completa
contradição com a nossa fé cristã”. Sendo seres pecaminosos, jamais teremos
poder para nos redimir por meio de exercícios físicos e mentais, através dos
quais possamos elevar-nos mais e mais, a ponto de chegarmos à posição de
“homens-deuses”. Todo aquele que é da verdade sabe que não tem um bom “ego
real” aprisionado dentro de si; ao contrário, sabe que é, por natureza, um
prisioneiro de seu pecado e de Satanás, e que precisa ser liberto de tal
prisão. Nunca precisará descobrir seu “ego divino” para que alcance redenção,
porque já reconheceu seu próprio ego na verdade e verificou ser ele mau (Gn
8.21). Ele está ciente da realidade do pecado e da culpa, bem como de sua
necessidade de um Salvador – e tem um Salvador em Jesus Cristo.
Na verdade, Jesus se fez homem e
morreu na cruz por nós para nos redimir de nosso “ego real”, o ego decaído, que
é a sede de todo mal, orgulho, egoísmo e de todas as inclinações pecaminosas.
Através de seu sangue derramado, e de seu ato de redenção, ao exclamar “Está
consumado”, Cristo derrotou o pecado e Satanás. Aquele que crê em sua redenção
e entrega seu velho homem para ser crucificado com Cristo, levantar-se-á como
um novo homem, um ser redimido. Somente Jesus, o Filho de Deus, tem o poder de
realizar isso em nós. Um verdadeiro
cristão move-se ao redor de Jesus e acha nele sua mais profunda realização.
Jesus é tudo para ele. Vive com Jesus e o segue; sua meta única é estar com Ele
para sempre em seu reino.
Todo aquele que verdadeiramente
ama Jesus, o Cordeiro de Deus, como seu Salvador, e tem um relacionamento
pessoal com Ele, não pode participar de exercícios que trazem em si, de forma
oculta, ensinamentos místicos e fórmulas mágicas. Nunca dará atenção a
desconhecidas forças elementais do universo, nem a deuses estranhos, através de exercícios de
ioga, com a discutível intenção de
aprender a arte de esvaziar a mente. Sua mente está fixada em Jesus Cristo e,
em suas horas tranqüilas, seus pensamentos se concentram em Jesus e na Palavra
de Deus. Não precisa, por meio da ioga, praticar a suspensão de todas as
funções da alma, porque sua alma precisa estar viva e amar a Jesus e, através
dele, os seus irmãos humanos, bem como tudo o que Deus criou, embora a
prioridade seja Jesus.
Pedro Kupfer, um dos principais
formadores de professores de ioga no Brasil disse à revista “Super
Interessante”6 que a “ioga sem meditação não é ioga”. A que tipo de meditação
se refere Kupter? Pesquisando a vasta literatura dedicada à difusão da ioga
encontramos o que vem a ser esta meditação: é liberar o “ego divino”,
aprisionado dentro do homem, permitindo que poderes fluam para sua pessoa. Ao
permitir tais poderes (em última análise, vindos de baixo), a pessoa
tornar-se-á inteiramente prisioneira do pecado. Portanto, um cristão que assim
procede tem apenas que se envergonhar ao se colocar debaixo da influência
desses poderes. Com respeito à ioga, um cristão, hoje, só pode escolher entre
Cristo e Belial, porquanto a possibilidade de combinar a ioga com a fé cristã
não existe. As Santas Escrituras mostram-nos, em numerosos exemplos, que o povo
de Deus do Antigo Testamento incorreu em sua ira e recebeu o mais severo
castigo quando procurou servir tanto a Deus como aos ídolos, isto é, aos
demônios de outras religiões. Tais combinações constituem sincretismo. Este foi
usualmente o pecado de Israel.
Dizem que um Deus justo não pode
excluir da salvação eterna um budista, um hinduísta ou um outro seguidor de
qualquer religião quando ele, honestamente, procura salvação. Mas, em nenhuma
circunstância, este argumento pode ser (como muitas vezes é usado em favor da
ioga) apresentado como desculpa para que sigamos tal caminho. O equívoco deste
argumento é que, embora a graça de Deus seja ilimitada, há uma grande diferença
entre aqueles que uma vez receberam a revelação de Jesus, o Filho de Deus, e
aqueles que jamais ouviram a verdade. “Em nenhum outro há salvação, porque
também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual
devamos ser salvo” (At 4.12). Isto é constrangedor para nós como cristãos. Para
nós, a ioga é uma forma de apostasia, que conduz à destruição. Para os pagãos,
é um caminho errado, mas o Senhor pode reconduzi-los ainda ao verdadeiro
caminho de Jesus Cristo.
Deus está nos admoestando, a nós,
o seu povo do Novo Testamento, provavelmente até com maior urgência do que fez
com o seu povo do Antigo Testamento, porque fomos redimidos pelo sacrifício de
Jesus e pelo precioso sangue do Cordeiro. Ele está nos perguntando: “Até quando
coxeareis entre dois pensamentos?” (1Rs 18.21). Quando pensamos que podemos
servir a Jesus e, ao mesmo tempo, ir após outros deuses, ídolos pagãos,
trazidos a nós no ensino dos iogues e gurus, estamos, na verdade, incorrendo em
sério julgamento, visto que fomos resgatados por um grande preço.
Hoje, em vista dessas grandes
mistificações, no começo dos últimos tempos, Jesus nos convida: “Vinde a mim!”
(Mt 11.28). “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão
por mim” (Jo 14.6). Na verdade, só nele podemos encontrar a verdadeira salvação
e a redenção do pecado – pecado que é a nossa ruína e miséria. E, um dia, Jesus
nos receberá na glória dos céus, quando já estaremos verdadeiramente
transformados conforme a sua imagem. Então, Ele nos outorgará o privilégio de
habitar em seu reino para sempre.
Notas:
1- Revista Super Interessante,
ano 15, nº 6 - Junho 2001.
2- idem
1- Eliade. Ioga. p. 97.
3- Ibid, p. 26.
4- Zen significa “meditação” e
tem sua raiz no Budismo cujo fundador foi Tão-Sheng 360-434 d.C. O Zen-Budismo
tem se propagado muito no Ocidente. Calcula-se que nos EUA meio milhão de budistas
pratiquem o ZEN. Na China, os mestres
Zen muitas vezes são denominados “mo-wang” (rei dos demônios).
5- Ibid, pp. 82-84.
6- Revista Super Interessante,
ano 15, nº 6 - Junho 2001, p.56.
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