Por Gilson Barbosa
É importante que o aluno de teologia saiba como as seitas entendem e pregam a doutrina do pecado para os seus adeptos, pois em poder destes conhecimentos, poderá utilizar-se das ferramentas da teologia e aprender a refutá-los. É justamente neste sentido que a teologia se envolve com a apologética.
Seicho-No-Ie
Dizem não existir na terra nenhum homem pecador, pois, Deus jamais criou pecadores. Negam também a existência das doenças e da morte, os quais sabemos que são, na realidade, conseqüências do pecado. Não acreditam que a morte de Cristo tenha eficácia para perdoar pecados e chegam a afirmar a inexistência do pecado. Dizem que se o pecado existisse realmente, nem os budas todos do Universo conseguiria extingui-lo, nem mesmo a cruz de Jesus Cristo.
Igreja Local
O líder do grupo Localista, Witness Lee, identifica o pecado como Satanás. Quando o homem pecou absorveu Satanás, ou seja, ele (Satanás) habita dentro do homem. Chega ao cúmulo de afirmar que o corpo do próprio Jesus foi invadido por Satanás e sendo assim ele teria de morrer, para que tanto o homem quanto Satanás morresse. Em suma, confunde atos pecaminosos com personalidade. Pecados são atos humanos que transgridem os mandamentos divinos, já o Diabo, a Bíblia o apresenta como um ser pessoal (Jó 1.6; Jo 8.44; 12.31; 1Ts 3.5; 1Jo 5.18,19; Ap 12.9-12).
Espiritismo kardecista
Para este segmento o pecado é simplesmente um mal praticado por alguém e é (o mal) até justificado como um instrumento de expiação que comprova a justiça divina, levado a cabo pelo sofrimento infligido por uma pessoa a outra e podendo ser amenizado através das reencarnações. Segundo esse pensamento não é errado matar, roubar e praticar toda a sorte de males, visto que o malfeitor estará contribuindo para que a outra pessoa tenha suas faltas expiadas.
Islamismo
O pecado não é herdado, mas, algo que o ser humano adquire ao fazer o que não deveria. Ensinam que seria o cúmulo Deus condenar a raça humana por causa de um pecado individual praticado a milhares de anos. Não há respaldo para a doutrina do pecado herdado nas palavras de Jesus e dos profetas que viveram antes dele, dizem. As boas obras suplantam as más, sendo assim Cristo não poderia vir para redimir a raça humana.
Meninos de Deus
Defendem atos imorais (sexo em várias formas) nos conceitos bíblicos, interpretando a Palavra de Deus de forma digna de ser considerada blasfêmia. Os membros desta seita praticam sexo de forma normal entre eles sem nenhum constrangimento e são incentivados à prática. É livre, nesta seita, a prática do adultério, do homossexualismo, do sexo entre crianças, sexo grupal e outras perversidades. Tudo isso não se constitui em pecado para eles.
Ciência Cristã
O homem não está perdido espiritualmente, para os adeptos da Ciência Cristã. Ele só pode se perder em sentido material. Todo pecado é da carne, assim, não pode ser espiritual. O pecado existe, aqui ou no além, apenas enquanto durar a ilusão de que haja mente na matéria. É a noção de pecado, e não uma alma pecaminosa, o que se perde. O pecado, a moléstia, tudo quanto parece real ao sentido material, é irreal na Ciência divina. O homem é incapaz de pecar, adoecer e morrer.
Judaísmo
O judaísmo não enfatiza o pecado original, mas a virtude e retidão originais. Embora no judaísmo seja reconhecido que o homem comete atos e pecado, não há o senso de que o homem é totalmente depravado e indigno, segundo se vê na teologia cristã. No judaísmo a expiação pelo pecado é obtida por meio da retidão pessoal, o que inclui o arrependimento, orações e boas obras. Não havendo, assim, necessidade de um Salvador.
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